13 de jun. de 2010

Mamma Mia

Vocês se lembram de quando falei de Meryl Streep, de o quanto é talentosa atuando? Sabiam que ela também canta? Pois é! Uma das maiores características dos grandes atores é sua versatilidade não só entre gêneros cinematográficos como também nas demais formas de arte. Infelizmente, pouquíssimos são os jovens atores que entendem a importância disso...
Este talento pode ser muito bem visto em filmes como este, um musical onde podemos ver não só Meryl Streep cantando, como também o ex-007 Pierce Brosnan, Colin Firth e um vasto elenco. Um destaque da nova geração neste filme é a bela Amanda Seyfried. Quem sabe ela tenha aprendido com quem vale a pena o que é realmente atuar e nos presenteie com excelentes performances no futuro...

Sobre o Filme
Às vésperas de seu casamento, a bela Sophie (Amanda Seyfried) se sente incompleta por não saber quem é seu pai, e resolve convidar três prováveis candidatos ao cargo que ela encontrou no diário que sua mãe (Meryl Streep) escreveu na juventude. Quando os três aparecem na ilha grega onde acontecerá o casamento, começa a confusão. Cada um com uma característica diferente, todos se encaixam no perfil que ela imaginava e não consegue descobrir qual deles a levará ao altar.
Este é um filme diferente de outros musicais, pois ao contrário dos demais onde as canções são escritas exclusivamente para a história, aqui podemos saborear o contrário. Todas as músicas são do grupo sueco de grande sucesso na música pop dos anos 70 e 80 ABBA. É muito interessante e agradável ver como conseguiram encaixar todas as letras dentro de uma história e mais interessante ainda é ver os próprios atores cantando as músicas, sem dublagens toscas como seria de imaginar.
Foi realmente uma grande e grata surpresa assitir a este filme! Não é sempre que podemos encontrar uma combinação tão feliz de talento, roteiro e trilha sonora em um único filme, e ainda ser contemplado com cenários e fotografia dignos de encher os olhos de quem vê. Dica: é o típico filme que a mulherada tende a adorar, então marmanjos, se quiserem fazer pose de quem manja do assunto e quer agradar, pegue sem medo. É até capaz de você se pegar cantarolando as músicas do filme, hehehe...


6 de jun. de 2010

Jerry Lewis - Post Duplo

Hoje eu peço licença a todos vocês para fazer aqui uma pequena e singela homenagem a um moço que me fez ficar tardes e tardes na frente da TV assistindo Sessão da Tarde. Esse moço me ensinou a gostar de filmes, me mostrou que filmes em preto-e-branco são legais também. Passei boa parte da minha infância querendo ser como esse moço, copiava seus gestos, suas piadas, suas caras e bocas, acreditem, eu até era magrelo como ele. Hoje posso dizer que estou com um físico parecido com o dele ainda, se bem que nós dois "evoluimos horizontalmente" nesse sentido... Enfim, quero aqui hoje prestar minhas mais sinceras homenagens a um dos maiores comediantes de toda a história do cinema. Meu querido JERRY LEWIS, obrigado por me proporcionar uma infância feliz, isso ficou registrado na minha mente e carregarei esta lembrança para sempre!!!...

Sobre os filmes
Sim, senhoras e senhores, hoje falarei de dois filmes deste meu ídolo. Queria falar de muitos mais, mas é material raro encontrar um DVD dele hoje em dia. Se alguém tiver algum guardado em casa e quiser fazer uma doação, agradeço milhões...

Filme 1 - Mocinho Encrenqueiro

Um grande estúdio de cinema resolve descobrir porquê perde tanto dinheiro em suas produções e para isso, contrata um completo desconhecido para espionar seus funcionários em busca de informações. O que eles não esperavam é que este espião fosse tão atrapalhado e acabasse se tornando o grande astro do estúdio.
Neste filme feito em 1961, Jerry Lewis atuou, escreveu, produziu e dirigiu. Ainda em preto-e-branco, este já é um trabalho solo, depois de desfeita a longa parceria com o cantor Dean Martin, em 1956. Jerry como sempre se mostra versátil em seus filmes, apesar de todos seus personagens parecerem iguais. Aqui ele consegue mesclar cenas extremamente engraçadas com momentos de ternura, como na cena do marionete.
Infelizmente não existem trailes de seus filmes na internet, mas encontrei uma cena bastante interessante deste filme e que, por sorte, está legendada.


Filme 2 - O Otário

 Após a morte de um grande astro da comédia, sua equipe de produtores resolve encontrar um substituto para seu lugar e escolhem um atrabalhado mensageiro de um hotel. O moço é tão atrapalhado, que acaba fazendo sucesso sozinho, independente dos esforços da equipe e acaba se apaixonando pela única mulher do grupo.
Este já é um filme colorido, feito em 1964, onde Lewis também atua, dirige, escreve e produz. Podemos encontrar neste filme, diversos atores que o acompanharam por toda a carreira. Na cena final, ele abandona a personagem e aparece como Jerry Lewis mesmo, e desmascara o estúdio mostrando os bastidores com toda a equipe de câmeras e técnicos, além de dar uma boa zoada no cenário. Isso talvez explique de onde Renato Aragão tenha tirado a ideia de fazer isso em todo programa que fez...
A cena deste filme que encontrei, infelizmente não está legendada, mas como é uma canção, espero que vocês não liguem para este pequeno detalhe...

Para finalizar, quero agradecer a todos os que leram este post um pouco mais longo. Não tinha como não ser, afinal de contas, esse cara merece cada minuto passado vendo seu trabalho. Vocês não podem imaginar como me senti vendo estes dois filmes, um atrás do outro. Voltei a me sentir criança, só faltaram os suspiros coloridos e um punhado de paçoquinha Amor, que comprava no mercadão municipal quando ganhava uma moeda de Cr$1,00 do meu avô...
Para finalizar, quero deixar um presente a todos, uma cena antológica da comédia mundial, onde Jerry Lewis toca uma música em uma máquina de escrever imaginária e quando termina, aparece uma folha de papel ninguém sabe de onde... Esse é o tipo de coisa que não tem preço e não dá para esquecer...

Chico Xavier

Como vocês já perceberam, gosto de filmes baseados em fatos reais, e quando mostra a vida de grandes personalidades da história contemporânea, eu os acho ainda mais interessantes, pois nem sempre temos a chance de conhecer melhor estas figuras que marcam época e deixam impressa sua passagem na vida das pessoas.
Também não é segredo para ninguém que temas mais espiritualizados sempre chamaram a atenção do público em geral, basta dar uma boa olhada no número de novelas que já abordaram o tema e na safra de filmes que agora estão saindo (só neste ano ainda temos mais dois sobre Espiritismo previstos para o circuito nacional).
Quando você tem um tema de grande interesse, um diretor do calibre de Daniel Filho e o orçamento da Globo Filmes, claro que só poderia dar em um grande trabalho do cinema nacional. Pena que nem sempre é lançado o mesmo olhar na direção de outros trabalhos que com certeza apresentariam uma qualidade extremamente maior, mas nem tudo são flores nesta vida, e assim também no cinema nacional...

Sobre o Filme
Este filme procura mostrar algums momentos mais marcantes da vida e obra do maior médium brasileiro e um dos maiores de toda a história do Espiritismo. O pano de fundo deste filme é a participação de Chico Xavier no programa de entrevistas "Pinga-Fogo" da extinta TV Tupi, em 1971.
O filme é simplesmente excelente! Seja pela história contada, seja pelos aspectos técnicos, seja pelo sentimento que desperta em quem assiste, não importa. Assim como o próprio Chico Xavier fez em vida com seu trabalho e sua obra filantrópica, atendendo a todos que necessitassem sem olhar a quem, este filme também agrada a quem se dispuser a assistí-lo, independente de sua crença. Chico era uma figura como poucas se imagina existir no mundo, abnegado, vivendo exclusivamente em função do próximo, sem nunca pedir nada em troca, a não ser o amor fraterno e o perdão. Sei que muita gente pode criticar o filme única e exclusivamente por seu aspecto religioso, mas Chico Xavier era muito mais que um seguidor do Espiritismo, era uma pessoa iluminada que tantos ajudava e continua ajudando, por meio de sua obra, seu trabalho filantrópico ainda recebe os direitos autorais de seus mais de 400 livros.
Não sei se o filme reverteu em alguma ajuda para a Fundação Chico Xavier, acho que deveria, ele com certeza ficaria muito agradecido onde quer que esteja...

Julie e Julia

Vocês se lembram de quando comentei aqui sobre o Oscar de melhor atriz merecidamente vencido por Sandra Bullock neste ano? Pois bem, ela disputou a estatueta com ninguém menos que a gigantesca Meryl Streep. Uma das mais versáteis atrizes de seu tempo (e de tempos futuros, se levarmos em conta a atual safra de novas atrizes, espero queimar minha língua...) como sempre arrebenta nas telas, como não poderia deixar de ser, mas em 2010 a academia achou melhor fazer justiça e entregar um prêmio a quem também fez muito por merecê-lo. Se a vencedora fosse Meryl Streep, este seria só mais uma estatueta na sua estante (ela já tem 2) e para quem já foi indicada 16 vezes, já deve estar cansada disso tudo.
Cansada de ser indicada pode até ser, mas não de atuar, e isso ela faz como pouquíssimas pessoas. Só em 2009 ela foi às telonas 3 vezes e desde 1977 (sua estréia nos cinemas coincidentemente com um filme chamado Julia) foram 53 trabalhos e tomara que continue assim por muitos e muitos anos ainda.

Sobre o Filme
Cansada da vida que leva, Julie (Amy Adams) resolve criar um blog onde ela promete passar um ano cozinhando todas as receitas do livro de Julia Child (famosa autora de livros sobre culinária e apresentadora da TV americana, aqui vivida por Meryl Streep). Em suas narrativas. Julie fala sobre seu cotidiano, seus problemas, sua vida em geral enquanto a vida de Julia Child é contada em paralelo, com suas aventuras pela culinária francesa.
Este filme possui um outro ponto positivo a ser destacado, a presença de Stanley Tucci como o marido de Meryl Streep. Este é um rosto bastante familiar dos clientes de locadora e fãs de cinema pois sempre aparece como coadjuvante, é um cara talentosíssimo e não será surpresa nenhume se em alguns anos ele receber um merecido Oscar.
Julie e Julia é um filme extremamente prazeroso, divertido, inteligente e não subestima a inteligência do público. Vale a pena sim assistí-lo e recomendá-lo sem restrições!