18 de fev. de 2011

Comer Rezar Amar

Até onde você iria para mudar de vida? Melhor ainda, o que é mudar de vida na verdade? Muitas vezes nos pegamos desejando com todas as forças mudar nossa vida, trocar de emprego, sair de uma cidade pequena, ser feliz. Mas até onde vai nossa disposição para atingir este objetivo? Conheço pessoas que passam a vida reclamando e nunca dão um passo sequer em direção a esse objetivo, outras que até tomam alguma iniciativa, mas todo o esforço acaba em vão por simplesmente não definirem um objetivo mais direto, querem simplesmente mudar tudo. Eu faço parte de um grupo diferente, o das pessoas que sempre remam em direção ao pôr do sol, mas que nunca soltam as amarras, ou que a qualquer mudança de vento, acaba voltando para o porto, onde é seguro. Mudar de vida significa dar o primeiro passo, é mirar em algo, mesmo que trivial e ir na sua direção, é sair da zona de conforto e incomodar-se com as coisas novas do mundo. Fernando Pessoa diz em seu poema “tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Quem quere passar o Bojador, tem de ir além da dor. Deus o perigo e o abysmo ao mar deu, mas nelle é que espelhou o céu”. Mudar de vida é isso, é arriscar-se ao perigo, é ir além da dor. O que se faz então, quando chega-se a conclusão de que esta dor é tudo o que se tem?

Sobre o filme
Escritora americana (Julia Roberts) vive angustiada uma vida que a sufoca e com um marido que é O verdadeiro estorvo. Ao se separar, abre mão de tudo no divórcio e começa um novo relacionamento que também acaba de maneira bastante complicada e tudo isso acontece exatamente conforme previu um xamã da Indonésia. Ao perceber isso, ela resolve largar tudo e decide viajar por um ano conhecendo culturas e lugares totalmente diferentes do seu estilo de vida, passando pela Itália (comer), Índia (rezar) e terminando em Bali (Amar) onde se reencontra com o xamã e conhece um novo amor.
Comer Rezar Amar é baseado no livro homônimo de Elizabeth Gilbert, que relata os acontecimentos de sua vida, suas amarguras, suas decisões, suas descobertas e acaba assanhando as lombrigas de muita gente, afinal quem não gostaria de passar um ano viajando pelo mundo sem se preocupar com a conta?
Aqui também podemos ver uma Julia Roberts diferente, não a eterna prostituta de Uma Linda Mulher, nem a despachada Erin Brockovich, mas ela se apresenta como uma mulher realmente próxima de nós, com seus sofrimentos, suas surpresas diante do novo, seus choros, suas alegrias, e isso é muito bonito de se ver, já que não é sempre que uma estrela se mostra como uma reles mortal como nós. Podemos ver também um Javier Bardem brasileiro, ou próximo disso, já que a língua se mostra um entrave, mas por ser espanhol, tem lá um certo gingado latino que não chega a decepcionar. Outra personagem interessante é o texano em um templo hindu. Ele mostra que as amarguras de certas pessoas, seu jeito meio bronco muitas vezes é apenas um escudo, que esconde feridas tão profundas que não valem a pena ficar expostas.
O filme todo é muito bom, tem uma boa fotografia e as locações que mostram exatamente os lugares por onde Liz passou, principalmente na Itália, são deslumbrantes. Um fato bem interessante é que o filme, assim como o livro, fez muito sucesso com o público feminino, talvez por muitas se identificarem com a personagem, talvez por invejar sua coragem e capacidade de tomar a decisão que tomou, mas o fato é que não vi muitos homens comentando a respeito do filme, o que é uma pena, pois ele não fala apenas de uma mulher que viajou o mundo sem pensar em nada, mas fala de uma pessoa que decidiu fazer algo pela sua felicidade, antes de se entregar a amargura e a depressão de uma vida infeliz. Eu adorei o filme e agora estou curioso por ler o livro, mas este vai ter de esperar um pouco.

Oscar Niemeyer - A Vida É um Sopro

Alguém aí se lembra de quando eu disse sobre um filme ser uma boa forma de se aprender alguma coisa? Pois então, isso pode ser melhor aplicado quando o filme em questão é um documentário, e quando este é um documentário mostrando um grande brasileiro, podem me chamar de ufanista, mas para mim tem até um motivo a mais para ver o filme.

Sobre o filme
A Vida é um Sopro nos conta um pouco da história de vida de um dos maiores ícones da arquitetura mundial, além de um dos mais importantes brasileiros em atividade, Oscar Niemeyer.
Mais do que simplesmente contar a sua história de vida, o filme mostra uma série de entrevistas com Oscar, onde ele próprio conta um pouco da do que passou, o que o levou a trabalhar da forma única no mundo, o que ele pensa sobre diversos assuntos, além de mostrar outros grandes nomes da arquitetura e de outras áreas (como meu querido Saramago) falando a seu respeito.
A Vida é um Sopro não é apenas um mero documentário, contando sobre a vida de alguém. É uma fascinante aula da história contemporânea, onde podemos ver o depoimento de quem passou por praticamente todo o século XX e vivenciou cada fato histórico de nosso país e do mundo, e como personagem centenário dessa história ele pode, do alto de toda sua experiência de vida, tirar conclusões simples e em alguns momentos nos leva a pensar da mesma forma. Como discordar de alguém que fala do golpe militar no Brasil como se estivesse contando uma história de ninar?
As obras de Oscar, como ele mesmo nos diz, são feitas para criar o espanto, ser algo novo, diferente na vida das pessoas, e isso se mostra na sua fala, na sua vida, não apenas em seus prédios e monumentos. É sua visão do mundo que nos cria o impacto desejado, é sua filosofia de vida que nos mostra o novo, o diferente, afinal de contas, é lindo vermos como alguém com mais de cem anos ainda diga que a vida é um sopro, e ainda continue trabalhando e criando e se inspirando em algo que ele considera a obra mais linda e perfeita que existe, “as curvas do corpo da mulher preferida”.
Sem sombra de dúvidas este é um documentário que deveria ser, se não obrigatório, mas fortemente recomendado a alunos não só de arquitetura, mas de história, de filosofia, de pedagogia e tantas outras áreas do conhecimento, e para os amantes de um bom papo também!

14 de fev. de 2011

1.º Ano de Vida do Cine Peduti!!!

Hoje é um dia especial! Nosso pequeno e singelo blog completa um ano de existência!
Meus planos para esta data eram outros, queria fazer uma promoção, dar brindes, fazer sorteios entre meus seguidores, mas isso não foi possível. Meus planos para o blog também eram diferentes, nunca imaginei alcançar a marca das duas mil visitas neste primeiro ano de existência, mas aqui estamos! Confesso que nem eu acreditei no início deste projeto que ele vingaria de alguma forma, como aliás, muita coisa começa e não termina na minha vida, mas talvez pelo seu caráter mais despojado, menos compromissado é que cá estamos firme e forte!

Sobre o blog
Nunca quis tomar o tempo de vocês falando sobre o blog porque achei que este seria um momento um tanto quanto onanista de minha parte e achei por bem poupá-los de tal agonia, mas hoje deu vontade de falar um pouco a respeito e peço permissão para tal ousadia.
Sempre gostei de ver filmes, sempre passei horas e horas na frente da TV assistindo o que passasse, ou ficava ansioso quando marcávamos de ver filme na casa de alguém, quando aparelhos de vídeo-cassete eram coisa de gente rica. Cinema então era uma diversão apenas em ir. Por esta característica, sempre fui procurado por meus amigos para indicar filmes e então, há alguns anos tive a ideia de criar um site, que nunca saiu do papel até o verão de 2010. A toa em casa, sem nada a fazer e com uma pilha de DVDs para ver, resolvi criar o blog, sem logotipo, nem nome, nem nada. A ideia de homenagear um antigo cinema de minha cidade veio por total falta de opções, mas registro aqui minha adoração àquela sala. 1315 lugares, uma tela gigante e apenas um alto-falante. Por mais de dez anos ocupei sempre o mesmo assento (sim, assim como Boris e Max, também tenho meus TOCs). Dessa forma, nasceu nosso CINE PEDUTI virtual. Simples, humilde, sem patrocínio nem propagandas, mantido por este xarope que vos escreve e que tenta fazer deste ato um momento de compartilhamento do que penso.
A todos que me acompanham, os parabenizo por terem a paciência de me aguentar neste primeiro ano, sei que esta não é uma tarefa das mais fáceis, e espero contar com todos por mais tempo, pelo menos até eu conseguir pagar a conta da locadora, hehehe...
Muito obrigado a todos e brindemos com um bom pacote de pipocas!!!

11 de fev. de 2011

Amor à Distância

Vocês se lembram daquele filme do extraterrestre com um dedo luminoso e que fazia bicicletas voarem? Lembram-se da menininha desse filme? Pois é, Drew Barrymore cresceu, se tornou uma linda mulher e uma excelente atriz, além de produtora. Todos se lembram dela em filmes como As Panteras, Como Se Fosse a Primeira Vez e tantos outros. Hoje ela está aqui em uma comédia romântica, ou talvez um romance cômico, isso vocês decidem.

Sobre o filme
Uma estagiária de jornalismo e um jovem produtor musical se conhecem em um bar em Nova York por acaso e da mesma forma começam um relacionamento totalmente descompromissado, afinal de contas, a jovem moça vive em São Francisco, Califórnia, ou seja, do outro lado do país. Cientes de que há uma data de validade para o relacionamento, os dois se se sentem bem a vontade para não fazer planos nem há a necessidade de grandes provas de amor, até o dia em que a bela estagiária (Drew Barrymore) embarca para sua casa e para terminar seus estudos e o pobre apaixonado (Justin Long) percebe que o que há entre eles não pode acabar assim, da mesma forma banal que começou e então decidem partir para um namoro oficial e exclusivo à distância.
Todas as confusões que acontecem tentam fazer deste filme uma comédia romântica, mas se filtrarmos um pouco, ele é um romance legítimo, leve, sem choradeiras e sem ser água-com-açúcar, mas é um romance. Uma curiosidade sobre o filme é que Drew e Justin já foram namorados e estão separados já há algum tempo, mas isto com certeza contribuiu para uma boa química entre eles nas cenas românticas e até nas cenas mais calientes. Nestas horas, a presença de Cristina Applegate nos lembra que aqui se pretende fazer uma comédia e claro que acaba sendo engraçado.
Amor à Distância é um filme gostoso de se ver. eu o colocaria junto de Amor Sem Escalas como um romance para homens assistirem, apesar do seu lado cômico, mas definitivamente é um filme para se ver a dois, deitados naquele colchão esparramado na sala, com tudo a que se tem direito.

Tudo Pode Dar Certo

Antes que alguém me critique pelo que vou dizer a respeito deste filme, já aviso que não costumo ver os filmes dirigidos por Woody Allen. Quero deixar isso bem claro, pois conheço vários fãs de cinema que simplesmente idolatram este diretor e entendem qualquer comentário contrário as suas opiniões como uma heresia. Como sempre digo, não sou crítico nem expert em cinema, apenas gosto e comento o que vejo. Se alguém gostar, beleza! Quem não gosta, pega a senha e entra na fila...


Sobre o filme
Um professor universitário altamente crítico e cercado por algumas neuroses, abandona sua vida e passa a viver de aulas que xadrez que dá a crianças nos parques de Nova York. Com poucos amigos que suportam o tom ácido de seus comentários sobre tudo, vive praticamente recluso com seus TOCs em um apartamento mal-cuidado até esbarrar em uma pobre e ingênua menina vinda do interior que sem ter onde dormir, acaba recolhida pelo nosso ranzinza de plantão. O que começou de forma provisória, apenas por uma noite, se transforma em um casamento que interfere e transforma toda a família da loirinha sem absolutamente nada se alterar na vida deste chato que nos conquista com sua narrativa que ninguém a sua volta entende.
Como já disse, nunca fui um fã assíduo de Woody Allen. Conheço muito pouca coisa sobre sua obra e apesar de sempre ter ouvido falar tanto e tão bem, nunca me senti atraído por seus filmes, sempre tão repleto de estrelas e astros de Hollywood. Talvez o fato de este filme não ter nenhum nome conhecido do grande público, salvo a loirinha já mencionada aqui, vivida por Evan Rachel Wood, que apesar de seu nome não me ser estranho, não me lembro de nenhum outro filme onde a tenha visto.
O filme todo é bem interessante, gosto de personagens como este rabugento professor, ele me lembra um pouco o Max e por consequência, acabei me identificando um pouco com ele. Quem me conhece, entende o que quero dizer.
É um humor diferente do que já comentamos aqui, o filme todo tem tiradas muito inteligentes e as vezes é sim necessário pensar um pouco antes de rir, o que na minha opinião é ótimo, afinal de contas, se você encontrar alguém que não entendeu as piadas do filme, então não deve ser alguém interessante para se ter uma boa conversa. Pelo menos não na opinião do Boris.

4 de fev. de 2011

Gente Grande

 Quantos atores de Hollywood podem dizer que fizeram o filme que queriam, com quem eles queriam e da forma que queriam? Adam Sandler pode. O cara hoje pode ser considerado o rei da comédia  está a prova disso.

Sobre o filme
Reunidos após muitos anos para o funeral de seu antigo treinador de basquete da escola, um grupo de amigos passam um feriado prolongado juntos e reencontram muito da alegria da vida perdida pelo caminho.
Parece que ultimamente virou moda fazer filmes onde atores consagrados passam por trapalhadas adolescentes e este aqui não foge a regra. Sei que pode parecer que não disse muita coisa sobre este filme, mas a economia de palavras foi proposital. Gente Grande não é só mais uma comédia pastelão, é um filme sobre amizade, sobre ser feliz e sobre aceitar seus amigos como eles são. Prova disso é o fato de que Adam Sandler conseguiu reunir aqui grandes nomes da comédia americana, como Rob Schneider, Chris Rock, Kevin James, David Spade, Steve Buscemi e para ser a mais perfeita cereja deste bolo, ele convidou a maravilhosa Salma Hayek.
Sandler ficou tão satisfeito com o resultado deste filme, que presenteou cada um de seus colegas (e grandes amigos na vida real) com uma Lamborghini, como forma de agradecimento pela diversão por trabalharem juntos. Talvez tenha sido este o motivo de tanto sucesso deste filme, o sentimento nítido de prazer em trabalharem juntos e é por isso que digo que Gente Grande não é só mais uma comédia, mas um filme sobre amizade, feito por amigos.
É difícil ver um filme como este e não se lembrar das trapalhadas que nós mesmo já aprontamos um dia. Todos nós temos passagens que se reunidas, dariam um excelente roteiro para um filme como este e é este sentimento que fica ao fim do filme, o de que somos todos protagonistas da nossa própria comédia e que se conseguirmos rir de nós mesmos, todo o resto se torna mais fácil de suportar e enfrentar.
Recomendo assistir a este filme reunido com seus amigos de presepadas, mas se não for possível, ligue para eles depois, ou mande um e-mail com alguma foto “comprometedora” do passado. Garanto que as risadas e as lembranças brotarão com uma facilidade incrível e valerá a pena...

Virgem em Apuros

Esta foi uma semana bem-humorada, sem dramas, sem filmes de chorar, sem nada que me fizesse pensar muito. Fim do período de férias, a vida de muita gente voltando ao normal então achei melhor não pegar muito pesado e oferecer um pouco de diversão. Neste quesito, poucos tem tanto a oferecer quando Rob Schneider, só as caras dele já valem a locação. Seus filmes na verdade são cheios de clichês manjados e piadas até meio surradinhas já, mas quem liga?

Sobre o filme
Garota extremamente conservadora ganha uma bolsa de estudos de uma instituição que promove a castidade, mas ao chegar no campus, a garota é colocada no mesmo quarto que a mais depravada das alunas e acaba indo parar em uma festa de fraternidade (nosso equivalente às repúblicas de estudantes) onde um produtor de vídeos eróticos (vivido por ninguém menos que Rob “Gigolô por Acidente” Schneider). A vida da garota vira um verdadeiro caos ao tentar recuperar um disco com imagens suas na festa, que a fariam perder a bolsa de estudos e o respeito de seus pais.
Tá, eu avisei, os filmes do Rob Schneider são sim cheios de clichês e este é mais um filme de estudantes universitários se metendo em confusões e fazendo de tudo para se livrar delas, mas como disse no começo deste post, eu não tava mesmo tão a fim de exigir muito de meus queridos neurônios e Rob sempre foi garantia de diversão garantida. Curiosamente, neste filme, ele não faz o cara legal e azarado que conquista todo mundo com sua cara de coitado. Aqui ele está numa linha diferente, pois acaba sendo o vilão da história, se é que aqui tem algum. A verdadeira trama envolve a pobre virgem em apuros (dããããã...) e seus amigos, Schneider aqui aparece em segundo plano. Não esperava vê-lo dessa forma, mas foi interessante, prova minha teoria de que bons humoristas são capazes de qualquer papel e continuam tremendamente bem variando um pouco.
Se você não está em busca de um vencedor do Oscar de melhor roteiro, com certeza vai aproveitar muito bem este filme. Boa pedida para seu fim de férias, ou mesmo um fim de semana com tendências à monotonia.

Maldito Futebol Clube

Eu sempre digo que filmes são boas oportunidades de se aprender alguma coisa. Um bom filme, por exemplo é a forma mais rápida de se ler um livro, embora nada substitua o prazer de folhear um bom livro, nem a riqueza de detalhes descrita em suas páginas, mas um filme pode perfeitamente servir como um disparador do interesse em conhecer mais, pelo menos funcionou comigo em O Senhor dos Anéis (nunca foi tão fácil ler 1200 páginas...). Filmes muitas vezes são a melhor forma de se contar uma história. Eu por exemplo, dificilmente leria um livro sobre esportes e eles são sempre um bom tema para grandes filmes e o futebol nunca foi devidamente abordado. Tirando Fuga para Vitória com Silvester Stalone e Pelé e o ótimo nacional Boleiros (o 1.º, não vi Boleiros 2), não me lembro de outro filme que tenha o futebol como tema principal, salvo claro alguns documentários. De resto, só filminhos aborrescentes americanos, mostrando futebol como esporte de meninas ou de crianças.

Sobre o filme
Brian Clough (Michael Sheen, de Frost/Nixon) é um jovem treinador de um time de futebol da 2.ª divisão inglesa e fã de Don Revie, um outro grande treinador do campeão da 1.ª divisão e que em uma partida entre seus times, não atende as expectativas de Clough, criando então uma grande rivalidade que o fez querer se vingar ganhando tudo o que pudesse. Com o convite para Revie treinar a seleção da Inglaterra, Clough é chamado para treinar o ex-time de seu maior rival. Após uma passagem relâmpago, acaba treinando outro time da 2.ª divisão, levando ao bi-campeonato da Copa dos Campeões (atual UEFA).
Quando vi este filme na prateleira, achei que era alguma boa comédia recheada com humor inglês de alto nível, mas acabei surpreendido por outra característica. A fotografia.
Não, Maldito não é uma comédia, embora tenha lances bem engraçados. É um filme baseado em fatos reais e feito de forma primorosa, dando a nítida impressão de ter sido realmente feito em 1974, e não estou falando apenas do figurino, mas de todo o conjunto. Luz, paleta de cores, enquadramento, tudo isso remete aos filmes feitos originalmente daquela época. Fiquei ainda mais surpreso quando ao fim do filme é contada a história verdadeira e isso me agradou bastante, pois esperava algo completamente diferente. O filme é muito bom pelo aspecto técnico, pela abordagem ao esporte mais praticado no mundo, ao contrário do que pensam em Hollywood. Divertido e inusitado creio que o classificam perfeitamente.