29 de mar. de 2010

Segunda Chance Para o Amor

Alguns atores percebem que, num determinado ponto de suas carreiras, já estão maduros o suficiente para alçarem outros voos. Edward Burns é um desses atores. Mesmo afastado das grandes bilheterias há algum tempo, ele arriscou algumas fichas neste seu trabalho em três frentes (roteirista, diretor e ator). Como diretor, é seu primeiro trabalho que vejo, mesmo tendo dirigido oito filmes na sua carreira, mas não dá para não associar seu estilo de direção com sua atuação. Morno, sem grandes momentos que o tornem memorável, mas sem deixar de lado sua aparência de bom moço, urbano, lembrando um pouco o famoso estilo Yuppie dos anos 90.

Sobre o filme
Quatro amigos dos tempos de escola se reencontram vários anos depois, cada um com sua vida passando por alguma mudança e esse reencontro acaba interferindo diretamente nas decisões que passam a tomar, ja que estes amigos formaram dois casais bastnte unidos na juventude. Um advogado (Edward Burns) ex-alcoólatra que busca retomar sua vida após deixar o vício, uma professora (Debra Messing) solitária, um escritor (Patrick Wilson) de sucesso que resolve mudar de estilo e namorando uma mulher bem mais nova que ele efechando o quarteto uma também escritora (Selma Blair) frustrada, tanto na carreira, quando no emprego de corretora de imóveis e também no casamento. Estes casais resolvem, cada um a sua maneira, retomar seus relacionamentos, após chegarem a conclusão de que aquilo sempre foi o que eles realmente queriam.
Mais uma vez vemos aqui um filme que mostra Nova York como um lugar extremamente interessante (como em Novidades no Amor), com seus lofts de vistas maravilhosas da cidade. Este filme é interessante, não posso deixar de pensar assim, mas como disse acima, a marca pessoal do diretor está fortemente impressa nele e com isso, ele não é o tipo de filme empolgante, de paixões arrebatadoras, sem falar que faltou uma trilha sonora que poderia deixar as coisas mais interessantes, mas é um filme que mostra relacionamentos maduros, com seus conflitos e a dificuldade que as pessoas sentem ao enfrentá-los.


22 de mar. de 2010

A Proposta

Alguns atores e atrizes sempre se destacam mais em um determinado gênereo de filme, por mais que se esforçem em mostrar seu talento em outros trabalhos. Sandra Bullock é assim. Já fez romances, suspense, drama, etc. e sempre se sai maravilhosamente bem, tanto que levou o Oscar de melhor atriz em 2010). Mas é na comédia romântica que a vemos com mais frequência. Ainda bem, pois como já disse aqui, gosto muito desse gênero e gosto também muito do trabalho dessa moça, linda e extremamente talentosa.

Sobre o filme
Alta executiva de uma grande editora, temida por seu temperamento, acaba tendo um probleminha com a imigração americana, já que é canadense. Tendo pouco tempo para regularizar sua situação, ela resolve se casar com seu assistente e viaja com ele para um encontro de família no Alaska, onde o rapaz é herdeiro de uma grande fortuna, mas abre mão de tudo para viver seu sonho em Nova York. Tudo aparentemente vai bem, até que a família do rapaz insiste para que se casem naquele fim de semana, seguindo uma tradição da família e eis que de repente, não mais que de repente, surge o agente da imigração para investigar tudo.
O grande barato das comédias românticas é que a gente sabe exatamente como estes filmes acabam, mas ainda assim a gente insiste em assistir. Eu já disse, sou fã do gênero e também da Sandra Bullock, portanto, quando se tem ela no filme, e se ainda for desse tipo de filminho água com açúcar, ideal para tardes chuvosas e preguiçosas na frente da tv, pego de olho fechado!
Detalhezinho... O filme mostra a casa da família do rapaz... Um dia quem sabe, eu consigo uma dessas...

Orquestra dos Meninos

Fazia tempo que eu queria comentar um filme nacional, pois justiça seja feita, ele tem melhorado muito nos últimos anos, devido aos grandes investimentos que a galera do cine brazuca tem conseguido.
Falando francamente, hoje em dia, o cinema nacional não perde em nada tecnicamente para filmes de outras nacionalidades, temos grandes diretores, grandes roteiristas, o pessoal da parte técnica tem melhorado a cada trabalho e isso nos faz crescer a cada dia. Pena que o Oscar ainda não veio, nessa parte, perdemos de 2 x 0 para a Argentina (sim, nuestros hermanos já contam com dois nas duas prateleiras).

Sobre o filme
Este filme mostra a trajetória de um professor de música do interior do nordeste, o maestro Mozart Vieira (Murilo Rosa), que resolve criar uma orquestra clássica no agreste de Sergipe. Durante este trabalho, acaba conhecendo sua esposa, no filme vivida por Priscila Fantin. Devido ao interesse da mídia e dos políticos regionais, a orquestra ganha projeção nacional, mas também incomoda os poderosos da região, e isto causou grandes problemas para o grupo e seu regente.
O filme é baseado em fatos reais, ocorridos entre 1972 e 1995, e no final, ele nos diz que fim tiveram os integrantes originais da orquestra. Tudo é muito bom, bastante interessante, mas o que tinha tudo para ser um filme emocionante e um grande sucesso, acabou ficando perdido, pois toda a história ficou mal costurada. Algumas cenas acontecem meio sem explicação e a gente acaba boiando no filme, muita coisa fica solta e isso com certeza prejudica o todo.
Eu que estava muito curioso em ver este filme, acabei com este gosto, sem saber se é bom ou ruim, mas ainda acho que vale a pena, pela história.

12 de mar. de 2010

(500) Dias Com Ela

Existem filmes que a gente acaba ficando curioso de tanto ouvir os outros falar, este aqui foi um desses. Sempre navego por sites de cinema, fico xeretando nas locadoras e este filme sempre apareceu com um certo destaque. Aliado a isso, ví no elenco o nome da atriz Zooey Deschanel, como só tinha visto algo com ela uma vez, resolvi arriscar, já disse aqui que tenho um gosto meio duvidoso às vezes em relação a filmes, então peguei.
Este filme originalmente é colocado como comédia em alguns sites, mas não sei se pode ser classificado assim, afinal de contas não rí tanto assim. Na verdade, quase não rí. Como romance, ele é um pouco fraco e também deixa a desejar. Então que raio de filme é esse?

Sobre o filme
O cara é um arquiteto frustrado e acaba trabalhando como escritor de cartões comemorativos. Acha que nunca será feliz ao lado de ninguém e leva uma vida bem mais ou menos, até que aparece uma nova assistente na empresa que ele trabalha e ele fica todo babão. A moça deixa claro que não quer nenhum relacionamento com ninguém, mas acaba dando corda para o coitado, que acaba se sentindo a pessoa mais feliz do mundo, mas sempre na indefinição de seu relacionamento com a bela de olhos azuis, que acaba deixando o cara na rua da amargura e pior, ainda se casa com alguém que mal aparece na sua vida! Fala sério!!!
Honestamente, o filme não empolga muito, nasceu com pretensões de ser cult, mas acabou devendo na praça. Não que seja ruim, mas poderia ser bem melhor com certeza. Zooey Deschanel ainda precisa comer muito arroz com feijão para se destacar no cinema, mas o novato Joseph Gordon-Levitt merece um olhar mais atento, pode vir coisa boa por aí. Ou não.
Quem quiser tentar a sorte, será por sua conta e risco.

 A pedido da distribuidora do filme, o Youtube bloqueou a opção de insersão do vídeo

Noites de Tormenta

Quem me acompanha deve imaginar que gosto de todo e qualquer tipo de filme, mas isso não é verdade, tem muita porcaria por aí, mas não criei este blog para comentar sobre o que não gosto, e sim sobre os filmes que me chamam a atenção de alguma forma, e Noites de Tormenta foi um desses.
É sempre bom a gente assistir a um romance de vez em quando, para dar uma carga nova de emoção na vida, agradar alguém, seja lá qual for o motivo. Dentre estes filmes há os romances água com açúcar, os melados demais e os filmes de chorar. Falaremos dos outros no seu devido tempo, mas hoje é dia de filme de chorar.
Este é o tipo de filme que reune um belo cenário, uma fotografia bem elaborada, um roteiro com a dose certa de romantismo (exagerar um pouquinho é permitido), um elenco de primeira grandeza e uma trilha sonora digna de juntar abelha em volta da caixa de som, certo? Nem sempre, as vezes pode faltar algum destes elementos e mesmo assim, o filme é um verdadeiro sucesso e alavanca a venda de lenços. Então qual é o segredo?
Neste caso, Noites de Tormenta não inova em nada, e ainda fica faltando a trilha sonora, que neste caso é boa, muito bonita, mas não criou nenhum grande hit do momento.

Sobre o Filme
Mulher de meia-idade, separada e com dois filhos (Diane Lane), aproveita um feriado para ajudar a amiga dona de uma pousada e colocar os pensamentos em ordem, já que o ex-marido lhe propõe reconciliação.
Homem de meia-idade, separado, médico vivendo um conflito profissional e buscando se aproximar do filho (Richard Gere), vai em busca da família de uma paciente morta na mesa de cirurgia e hospeda-se em uma pousada durante um feriado e também quer dar um jeito na sua vida.
Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas realmente... alguma coisa tinha de acontecer. Além de ser baixa temporada, há uma previsão de furacão na área e a pousada que fica numa praia deserta (eu quero uma casa daquela!) acaba tendo por únicos ocupantes a mulher e o homem, ambos de meia-idade, separados e vivendo um dilema. Ah, detalhe, os dois também resolveram se fechar para a vida. Eis então que chega a tempestade, meteorológica e emocional.
O filme realmente é muito bom e o final é o que dá a classificação de filme de chorar. Assim como acontece com muita gente, quanto mais o tempo passa, melhor fica. Richard Gere é um galã dos cinemas e ninguém questiona isso, mas a cada filme seu, podemos ver que ele realmente é o cara ideal para esse tipo de filme, que o lançou mundialmente e o mantém como sucesso de bilheteria. Quero deixar registrada também minha opinião sobre Diane Lane. Sua naturalidade frente às câmeras nos coloca na presença de uma pessoa mais próxima do público em geral. Ela não aparenta estar representando um papel, mas fica a impressão de que ela sempre foi daquele jeito e com isso fica muito parecida com gente normal. Até hoje não me lembro de a ver em algum filme que não gostei.
Para casais apaixonados, pessoas sensíveis e fãs de filmes de chorar!
E eu continuo querendo uma casa daquela...

11 de mar. de 2010

Ano Um

Bom, eu já disse aqui o que penso de comédias, é um dos meus gêneros favoritos e também já manifestei minha opinião sobre Jack Black, então, deixemos de firulas e vamos ao que viemos fazer...

Sobre o filme
A história toda se passa, como o próprio título sugere, no primeiro ano da humanidade biblicamente falando. Em uma tribo selvagem que vive quase como homens das cavernas, existe um cara totalmente desajustado da realidade em que vive (Jack Black, quem mais seria...). Cansado de ser menosprezado na tribo, ele resolve comer o fruto proibido e acaba sendo expluso e em sua jornada é acompanhado por seu único amigo (Michael Cera) e os dois acabam presencando diversas passagens bíblicas do Antigo Testamento, desde a morte de Abel por seu irmão Caim até a cidade de Sodoma. Nos extras há im final alternativo mostrando a ira divina caindo sobre a cidade, deveria ter sido o final oficial, ficaria mais interessante.
Para quem já leu Caim, de José Saramago, não dá p/ não perceber a incrível semelhança na ideia original do filme. Claro que Ano Um não é nem de longe uma pretensão de ser uma adaptação deste magnífico romance do único prêmio Nobel de literatura da língua portuguesa, mas as coincidências são muito grandes e fortes, até mesmo pela presença de Caim em quase toda a trama, mas é só até aí que podemos ver estas semelhanças. O filme segue uma linha há muito adotada por Black em suas obras, em que as histórias, por mais engraçadas que sejam, são contadas de forma séria.
Diferente de "Rebobine, Por Favor", este aqui tem um humor mais escrachado, mas é igualmente recomendável!


Rebobine, Por Favor

Comédia, quem não gosta? Até hoje não conheci ninguém que não goste, mas é um gênero bastante complicado de se fazer, até porque, uma comédia ruim acaba virando um filme bastante chato. Umas das coisas mais difíceis na comédia é criar algo novo, geralmente recicla-se o que já existe, afinal de contas, se deu certo uma vez, acaba funcionando sempre, mas de vez em quando aparece um louco (ou seria um gênio?) que resolve fazer tudo do seu jeito, diferente de todos e se dá bem. Jack Black é um desse caras.
Com seu estilo irreverente e totalmente sem noção, ele faz nas telas coisas que a gente nem imaginaria que alguém teria coragem de fazer. Com suas caras e expressões e seus improvisos, somados ao seu talento incomprável para a comédia. O pior de tudo (ou melhor) é a tremenda cara de pau que ele tem. Exagera nas interpretações, improvisa de monte e faz a gente rir de monte. Com certeza Jack Black é sem sombra de dúvida um dos maiores nomes da comédia em Hollywood e seus filmes são garantia de um grande divertimento.

Sobre o filme
A história toda se passa em volta de uma antiga locadora de filmes no que ainda trabalha com fitas em VHS, localizada em um prédio caindo aos pedaços. Pressionado a entregar o prédio para um empreendimento moderno, o dono da locadora (Danny Glover) viaja em busca de novas formas de trabalhar e assim conseguir manter o prédio histórico. Seu funcionário (Mos Def) fica responsável pela locadora e aí é que entorna o caldo. Depois de um acidente, o amigo do atendente da locadora (Jack Black) acaba apagando todas as fitas e a única solução que esses dois pirados encontram é refazer os filmes eles mesmos. O que era uma tragédia anunciada, acaba se tornando o maior sucesso na pequena cidade e que vivem.
Como disse anteriormente, não é sempre que aparece algo novo e de qualidade no mundo das comédias e este é realmente um bom exemplo de humor inteligente sem necessitar de apelações para fazer sucesso. Recomendado para toda a família. Aluguem, se abasteçam de pipoca e bom divertimento!