26 de nov. de 2010

Ela é Demais Pra Mim

Jay Baruchel é uma cara relativamente novo na praça. Não teve nenhum grande papel até hoje, mas tem se dado bem por onde passa. Nesta comédia romântica em que contracena com a linda inglesinha Alice Eve, o cara mandou bem e espero vê-lo mais vezes. Ela então, nem precisa falar...

Sobre o filme
Um cara totalmente desajustado com as mulheres, trabalhando com seus únicos amigos num aeroporto, acaba sem querer despertando o interesse de uma mulher fantástica e acaba fazendo tudo e mais um pouco para não desapontá-la, mas já dá para adivinhar o que acontece.
Como disse, Jay tem dado sorte em seus trabalho, além de ter dado voz à personagem principal de Como Treinar o Seu Dragão, este filme também lhe caiu como uma luva. Magro, tímido, dono de um carro pior que ele, é o típico caso de sujeitinho mal-ajambrado, esta é sua personagem, e fisicamente, ele é perfeito para o papel. Do outro lado, temos a estonteante Alice Eve, com todo seu talento e seus atributos. Todo o filme é muito bem costurado e com algusn clichês do gênero que funcionam bem sem cansar, mas a cena em que ele é depilado intimamente por um de seus amigos tem tudo para se tornar antológica, ainda mais na hora das assopradas.
Como diz o chef Alan, "tem coisa que é legal e tem coisa que é super legal". Este filme é super legal e vale a pena rir bem acompanhado.

Como Treinar o Seu Dragão

Temporada de férias vem chegando e é sempre bom ir se preparando para a criançada que vai ficar em casa o dia todo. A maior babá eletrônica do mundo, a TV está aí para ajudar aqueles que se vêem em papos de aranha com a molecada , juntamente com seu fiel escudeiro, o aparelho de DVD e a legião de locadoras sempre abastecidas de inúmeras possibilidades. Vou tentar comentar aqui mais filmes para o público infantil, até porque, eu adoro um bom desenho, hehehe...

Sobre o filme
Uma vila de Vikings é atacada constantemente por dragões e todos os homens saem em busca do ninho deles e o líder ordena que os jovens sejam treinados para o combate. Nesse momento, o filho do grande líder encontra um dragão ferido, faz amizade com ele e consegue fazer ele voar novamente.
O filme pode parecer meio bobinho olhando assim, mas na verdade, é uma das melhores animações deste ano. Rendeu mais de US$300 milhões e já há previsão de continuação a ser lançada em 2012 ou 2013. Além disso, o filme tem grandes vozes na dublagem original, como Gerard Butler (300) America Ferrera (Ugly Betty) e o comediante Jay Baruchel (Ela é Demais Pra Mim).
Como se não bastasse a ação, as vozes, a tecnologia, as aventuras, o filme ainda tem uma coisa muito interessante e que precisa ser levada em conta, já que ele trata da inclusão social de portadores de necessidades especiais. O dragão encontrado pelo filho do líder da vila acaba perdendo um pedaço da cauda e por isso, não consegue mais voar, então o menino, que adora inventar coisas, desenvolve uma espácie de prótese para o novo amigo, e com isso os dois se tornam inseparáveis e voam juntos sempre. Como se isso não bastasse, no fim do filme acontece algo que os une ainda mais, mas seria uma tremenda sacanagem minha contar aqui.
Esse eu assisti com meu sobrinho, assisti depois sozinho (e legendado, hehehe...) e quando der vontade de ver um desenho bonito, verei de novo com certeza! Indicado para as crianças de 4 a 104 anos...


19 de nov. de 2010

Tropa de Elite 2

Um dos melhores filmes do ano!!!
Já falei que sou um entusiasta do cinema nacional e essa nova safra de filmes está cada vez apresentando uma qualidade excelente. Isso pode ser visto por exemplo com Fernando Meireles, que hoje já é um diretor mundialmente conhecido e trabalha com estrelas hollywoodianas. José Padilha pelo visto, vai pelo mesmo caminho. O que dizer então de Wagner Moura? Sem comentários...
Sobre o filme
Coronel Nascimento (Moura) hoje é comandante do BOPE mas perde o posto quando há uma chacina no presídio de Bangú I e quando assume o cargo de sub-secretário de Segurança Pública, transforma os caveiras em uma máquina de guerra, limpando os morros do Rio de Janeiro dos traficantes. Curiosamente, acaba abrindo espaço para as milícias de policiais corruptos assumirem o controle das comunidades e dá início a uma outra batalha, com inimigos mais poderosos.
É incrível ver o trabalho de Padilha na direção deste filme. Se fosse possível retirar os créditos finais do primeiro filme e a abertura do segundo, poderíamos assistir a um único filme, pois foi possível imprimir o mesmo ritmo, a mesma narrativa, e isso faz com que tudo fique muito mais impressionante, pois desde o primeiro filme, ele já começa em um nível bem elevado de ação e não desce nunca, só sobe.
Claro, muita gente vai dizer que este é um filme para quem gosta de violência, pancadaria e tiro para todos os lados, mas nesse caso é diferente, pois a frase no início, alertando para o fato de que "por mais incrível que possa parecer, esta é uma obra de ficção", todos ficam com o sentimento de que o relatado é exatamente fiel aos dias de hoje.
Agora é esperar para ver se haverá um terceiro filme. Eu gostaria muito de ver um filme que contasse como Nascimento chegou ao BOPE, sua entrada na polícia, o que construiu seu caráter. Fica aqui a sugestão.
Imperdível para todos que gostam de bons filmes, bons atores (já que o elenco é ótimo e aqui destaco a participação primorosa de André Marques, estupendo!) e para aqueles que também queiram sair da sala de cinema com um certo sentimento de justiça.

Mary e Max

Sempre gostei de animações, sempre. Desde os antigos filmes em stop-motion aos desenhos animados mais simples, sempre gostei. Hoje em dia é claro que existem muitas tecnologias extremamente avançadas, com animações feitas e exibidas em 3D e universos inteiros sendo criados em computação gráfica, mas o simples ainda me encanta muito e este aqui é um bom exemplo disso. Uma aminação feita em stop-motion, com bonecos de massinha e com uma paleta de cores bastante limitada. As vezes, tantos efeitos e peripécias tecnológicas acabam distraindo quem assiste e perdemos o foco na história a ser contada. Aqui neste filme, isso não acontece.

Sobre o Filme
Mary e Max conta a história de uma menina vivendo no interior da Austrália que se sente muito sozinha e carente. Um dia ela resolve escrever uma carta para uma pessoa qualquer nos Estados Unidos e aleatóriamente escolhe Max, um homem de meia idade solitário e com sérios problemas sociais e psicológicos. Desde então, surge entre eles uma amizade sincera e que dá suporte aos dois para conseguirem enfrentar todas as dificuldades da vida.
Mary e Max não é uma animação para crianças, definitivamente. Mas é uma história adulta contada de forma infantil para adultos. Trata das dificuldades que cada um de nós sente eo se deparar com situaçoes das quais fugimos constantemente ou inesperadas. A simplicidade da visão de uma criança perante problemas como alcoolismo da mãe, o bullying na escola e tendo de aprender sozinha como lidar com tudo isso e crescer sendo uma boa pessoa. Do outro lado, temos Max, com uma vida totalmente sem sentido, cercado de transtornos e incapaz de fazer o que quer que seja para mudar.
De certa forma, o filme nos mostra que existem dois tipos de pessoa no mundo, as que passam a vida a chorar e as que resolvem vender lenços. Cabe a cada um de nós descobrir qual tipo se encaixa nas personagens. Curiosamente, em certos momentos da minha vida, me identifico bastante com Max...

O Solista

Jamie Foxx é realmente um cara versátil. O cara incorporou tão bem a personagem desse filme, aliás, como sempre faz e não a tôa levou o Oscar quando interpretou Ray Charles. Junte-se a esse grande ator, um outro njome de peso como Robert Downey Jr. sobre o guarda-chuvas de uma história emocionante e uma direção muito precisa e sensível, e temos aqui uma grande oportunidade de conhecer alguém que, se não fosse o cinema, nunca teríamos a oportunidade.

Sobre o filme
Steve Lopes, cronista do Los Angeles Times (vivido por Downey Jr.) encontra em uma praça, um morador de rua que é um vertadeiro virtuose tocando um violino com apenas duas cordas. Em uma conversa rápida e confusa, descobre que este talento chamase Nathaniel Ayers Lr. (Jammie Foxx), portador de esquizofrenia e ex-aluno da Julliard School, uma das mais renomadas escolas de artes do mundo, que possuia um futuro promissor, mas que a doença acabou interrompendo. Curioso com sua história, Lopes escreve sobre Nathaniel em suas crônicas e percebe que pode fazer mais por aquele ser-humano do que simplesmente escrever.
Este é um filme no mesmo estilo de Um Sonho Possível com uma característica bem interessante, pois nos mostra que uma cidade tão famosa nos cinemas, com ruas impecavelmente limpas, praias e gente bonita, tem também sua cracolândia, e justamente neste ponto, ele tem um certo clima de documentário, pois moradores da região participaram como figurantes  e coadjuvantes do filme, que conta uma história baseada em fatos reais.
Todo filme que conta a história de resgate das pessoas, não só um resgate físico, mas da dignidade de cada um, é sempre um filme muito interessante. Downey Jr. que todos estão se acostumando a ver com a armadura do Homem de Ferro teve sérios problemas com dorgas e alcoolismo e sua presença neste filme não pode passar despercebida, pois mostra que ele entende e aceita seu drama pessoal e hoje em dia consegue lidar com ele perfeitamente.
É sem dúvida uma grande lição de vida e este filme com certeza vale a pena ser assistido.

15 de nov. de 2010

Marido Por Acaso

Uma comédia romântica é sempre um filminho gostoso de assistir. Geralmente é onde são lançados atores e atrizes novas, há os fixos do gênero, com carteirinha e tudo, mas de vez em quando acontece de alguma estrela de grandeza maior nos brindar com sua presença e isso sempre traz resultados maravilhosos.

Sobre o filme
Uma escritora e radialista famosa (Uma Thurman) com um programa sobre relacionamentos atende ligações e aconselha suas ouvintes sobre como proceder em seus namoros, casamentos, etc. Prestes a se casar, ela descobre que já é casada e precisa correr atrás do seu "marido" para resolver o problema, mas é claro, as coisas nunca são tão simples...
Como disse, este é um filme bem gostoso de assistir, eu não me lembro de ter visto algum filme chato com Colin Firth e Uma Thurman é sempre um presente a ver atuando, mas uma grata surpresa foi Jeffrey Dean Morgan. Nunca tinha visto este moço nas telas e logo de cara gostei do seu trabalho. Outra presença que aparece como um brinde é Sam Sheppard, que mesmo com seus míseros momentos, consegue mostrar quem é e a que veio.
Não espere uma noite chuvosa, ou uma tarde sem nada melhor para fazer. O filme é legal e vale a pena, ainda mais se tiver uma boa companhia...

12 de nov. de 2010

Invictus

É sempre interessante ver um filme sobre esportes baseado em fatos reais, eles sempre nos apresentam histórias de superação, nos mostram exemplos de liderança, valores morais e sempre trazem alguma lição de vida bem interssante.
Aqui temos reunidos em uma grande história, três grandes nomes do cinema. Morgan Freeman, que dispensa comentários, Matt Damon, que desde "Gênio Indomável" vem cada vez mais mostrando seu grande talento e na direção temos ninguém menos que Clint Eastwood. Preciso dizer mais alguma coisa?

Sobre o filme
Ao assumir a presidência da África do Sul, Nelson Mandela (vivido por Morgan Freeman) sempre se preocupou em gorvernar para brancos e negros, e para isso ele precisou provar aos negros que não deveriam se vingar dos brancos pelos tempos de Apartheid, mas que era necessário ajudá-los a confiar no novo gorverno e que nascia ali uma nova África. Do outro lado, o time de rugby que representaria a África do Sul na copa do mundo estava sofrendo derrotas e mais derrotas e seu capitão, Francois Pineaar (Matt Damon) não sabe o que fazer para incentivar o time, e neste ponto é convidado para uma reunião com o novo presidente eleito.
Há uma frase de Malba Tahan que diz que "os sábios ensinam pelo exemplo" e neste filme podemos ver isso na prática. Mandela usou o que tinha de melhor naquele momento para convencer Pineaar do que deveria ser feito: a arte de inspirar as pessoas. Sua história de vida e suas conversas com o capitão do time foram o que mostrou ao time o que eles representavam e por quem eles estavam disputando aquele torneio. Antes representando uma minoria branca, agora eles representavam toda a África do Sul e todo o continente africano ao chegarem nas finais.
É um filme bonito, importante por retratar uma personalidade mundial de nossos dias e é uma excelente sugestão para professores trabalharem tanto um pouco da história contemporânea com seus alunos, como no aspecto moral.