30 de dez. de 2010

Kick-Ass - Quebrando Tudo

Tem filme que só de olhar na capinha, a gente já sabe o que esperar. Esse aqui logo de cara já nos mostra que é pancadaria generalizada, o típico filme para moleque ver. Bom, como sou um moleque inveterado aluguei.

Sobre o filme
Cansado da vida monótona que leva, um adolescente resolve comprar uma fantasia e sair pelas ruas bancando o super-herói, porém apanha de todo mundo e se quebra todo, até descobrir que não está sozinho nessa atividade e acaba enfrentando gente realmente perigosa.
Confesso que quando ví esse filme na prateleira da locadora, achei estavam tentando copiar Kill Bill ou algo parecido. Fuçando um pouco na Internet, fui ficando mais curioso, até pelo fato de o cara só se ferrar, mesmo o filme não sendo uma comédia. E o filme é bom. Mais que isso, é muito legal! Claro que o gibi deve ser muito mais interessante, mas ainda assim, o ritmo impresso no filme é muito interessante, não deixa vácuos durante as transições de cenas e as sequências de luta e tiros são muito bem produzidas. Dois pontos que vale ressaltar no filme:
1- A participação de Nicolas Cage como Big Daddy ficou muito legal, mostrando que finalmente ele não é um ator de uma única expressão facial (apesar de adorar seus filmes, mas parece que tem o rosto de plástico...)
2-Hit Girl!!! Ela rouba o filme quando aparece! A sequência em que ela invade o prédio do bandido é primorosa, quase uma obra de Tarantino! Ainda bem que Kick-Ass aparece usando uma mochila voadora com duas metralhadoras giratórias acopladas e mata alguns bandidos ao som de Elvis Presley cantando Dixieland. Se não fosse por esse motivo, poderiam mudar o nome do filme facilmente e ainda assim seria muito bom!
É um filme sim para a molecada, independente da idade, mas essa molecada tem de ser um pouquinho crescidinha, porque as cenas de lutas e tiros são bem violentas, então molecadinha, pode esquecer.

Pequenos Invasores

Dando continuidade ao projeto Férias no Cine Peduti, aqui vai mais um filme para a petizada em geral.

Sobre o filme
Durante o feriado da independência americana (o famoso 4 de julho) uma família aluga uma casa de veraneio e se reune para passarem um tempo juntos e resolverem algumas diferenças familiares, até que aparecem alguns alienígenas que planejam invadir a Terra. Como são imunes ao controle dos extra-terrestres, as crianças são a única defesa do planeta contra a invasão iminente.
A cada dia a tecnologia de animação avança e oferece níveis muito convincentes de interação com os filmes chamados live-actions (onde se usam tanto humanos quanto personagens em 3D gerados por computador) e neste filme esta interação está bem interessante. Como se não bastasse a parte tecnológica do filme ser bem feita, a história também empolga a criançada, mostrando coisas que eles conhecem bem, como por exemplo quando eles utilizam joysticks para controlar uma luta entre a avó e o namorado da irmã de um deles. Um detalhe interessante também é mostrar que o respeito a opinião de todos é algo que só beneficia o grupo, uma vez que um dos alienígenas se mostra contrário a invasão.
A criançada com certeza vai adorar, já que tem ETs, lutas e muita aventura, mas dá para aproveitar e ajudá-los a entender certas coisas com o filme.
Fazia tempo que isso não acontecia, mas este trailer só pode ser visto na página do YouTube, cliquem na figura acima e assistam. Sorry galera...

A ressaca

Um tipo de comédia que nunca sai de cartaz e sempre agrada muito é aquele que mostra as aventuras de adolescentes em busca seja lá do que for. Na última década, surgiu uma nova versão destes filmes, que é mostrando quarentões em busca da juventude perdida. Isso tem dado certo até porque muitos desses quarentões fizeram esse tipo de filme quando eram moleques, então quem acompanha esses atores e os viu mais novos e agora voltando ao gênero é algo que de certa forma nos faz voltar no tempo também.

Sobre o filme
Após uma tentativa de suicídio de um deles, três amigos e o sobrinho de um deles resolvem voltar até uma estação de esqui onde os três viveram grandes aventuras no ano de 1986, mas ao chegarem, percebem que o lugar praticamente virou uma cidade fantasma e o hotel em que ficaram está praticamente abandonado. Sem ter nada para fazer, os quatro resolvem entrar na banheira e encher a cara, mas um acidente os envia de volta ao festival de inverno de 86 e então a loucura recomeça.
É legal ver John Cusack e volta às comédias, e num gênero que o apresentou ao grande público (aos que não se lembram, falei disso no filme Ensinando a Viver), além da participação mais que especial de Chevy Chase, um cara que apesar de estar afastado das telonas, sempre fez muita coisa legal no passado e ultimamente tem aparecido de vez em quando no seriado Chuck. Outra coisa muito legal neste filme é a trilha sonora, com muito hard rock.
É difícil a gente saber que um filme que mostra uma fase das nossas vidas, hoje ser mostrado praticamente como um filme de época, afinal de contas, 1986 foi praticamente ontem (hehehe...), mas valeu pelo saudosismo e pelas risadas. Aos meus contemporâneos, vale pelas lembraçnas, aos mais novos, vale pela curiosidade. Para todos, vale  dar risada, sempre e muito...
Galera, desculpem mas não encontrei nenhum trailer legendado desse filme, fui forçado a colocar este aqui, dublado mesmo. Me perdoem a heresia...

Quando me Apaixono

Olha o Colin Firth aí de novo! E dessa vez num papel bem diferente do que ele está acostumado. O de pai, e para completar o elenco temos Bette Midler, Mathew Broderick e a linda Helen Hunt, que neste filme faz sua estreia como diretora. É sempre interessante ver como se comportam grande atores quando resolvem trabalhar atrás das câmeras e aqui o resultado foi bem interessante.

Sobre o filme
A vida de April (Helen Hunt) vira um verdadeiro caos num piscar de olhos. Em um curto espaço de tempo, ela perde o marido, a mãe adotiva, encontra sua mãe biológica, se apaixona e engravida do ex-marido, sem ter tempo para dar a devida atenção a nenhum destes acontecimentos da forma como deveria, e acaba que alguma coisa se perde no meio do caminho.
O interessante deste filme é o foco dado a situações da vida que acontecem de forma inesperada e principalnente como podemos lidar com as perdas que a vida nos impõe. Infelizmente, Mathew Broderick não rendeu tudo o que podia neste filme e deixou muito a desejar, mas tudo é compensado pelo grande trabalho de Colin Firth que, sempre tão contido em outros filmes, aqui ele explora bastante sua emoção. Mas nada disso seria possível sem o olhar delicado de Helen Hunt na direção, que soube conduzir muito bem a história e imprimiu o timing certo nas cenas, nos diálogos. Espero que ela tenha gostado da experiência de dirigir, mas não abandone as telas como atriz, pois além de uma linda mulher, é com certeza uma excelente atriz.

400 Contra 1

Daniel de Oliveira funciona bem na telona. E Daniela Escobar também. Eu não me lembro de outro filme que a tenha visto e confesso que ainda não assisti "Cazuza", mas gostei de ver como se comportam no cinema, onde muita gente da televisão não consegue mostrar bem seu talento. Pena que de vez em quando, se gasta vela boa com defunto ruim.

Sobre o filme
400 Contra 1 conta a história do surgimento do crime organizado no Rio de Janeiro, com a prisão de bandidos comuns e presos políticos no presídio da Ilha Grande durante o regime militar.
Agora parece que virou moda no cinema nacional fazer uso da narrativa para se contar a história, mas infelizmente nem todo mundo tem o dom. Quando Fernando Meirelles fez isso em Cidade de Deus, ficou legal, era meio que inovador por essas bandas e funcionou bem. Já em Tropa de Elite (tanto o 1 quanto o 2), José Padilha transformou a narração em uma outra personagem do filme, tão imprescindível quanto a munição nos fuzis. Já no "400..." a coisa ficou estranha, não soa bem bandido falando português correto, sem gírias, sem todo aquele dialeto peculiar da malandragem. Até nos diálogos as coisas pareciam deslocadas, artificais. Tudo bem que eles eram fortemente inflienciados pelos intelectuais precos  com eles na Ilha Grande, mas como diz a música "malandro é malandro e mané é mané", então um pouco mais de atenção a pequenos detalhes não custa nada... Outro pequeno detalhe que ficou faltando explicar (ou pelo menos deixar mais explícito, porque eu não achei...): qual o motivo de o filme se chamar "400 contra 1"? De onde surgiu os nomes Comando Vermelho e Falange Vermelha? Por que um dos carros utilizados pelos bandidos tem um CD player já em 1980?
Todos vocês sabem que não gosto de falar mal dos filmes aqui, mas é meio desanimador ver uma boa ideia terminar assim...

23 de dez. de 2010

Os Mercenários


Silvester Stalone é um dos meus atores, roteiristas e diretores preferidos. Tá, muita gente vai dizer que ele é ruim em tudo isso, que é um canastrão, mas não podemos esquecer que o cara ganhou o Oscar de melhor filme por Rocky, um Lutador. O interessante dos filmes em que ele participa de todas as etapas é que os diálogos e as sequências são sempre bem costuradas, tudo muito bem cuidado e com uma preocupação de sempre respeitar o seu público, que se tornou cativo ao longo de todos estes anos. Independente de gostar ou não do cara, ele merece respeito pelo trabalho e também um olhar mais atento ao que ele lança.

Sobre o filme
Um grupo de mercenários é contratado para derrubar o governo de uma pequena ilha fictícia na américa central, mas quando percebem qu há muito mais coisa por trás, desistem do trabalho, só que o líder do grupo (Silvester Stalone) se apaixona pela filha do ditador, que é também líder da rebelião e aí eles resolvem agir por conta própria.
Imagimem o sonho de qualquer fã de filmes de ação nos anos 80. Aqui este sonho se realizou. Um filme com praticamente todos os grandes nomes do gênero reunidos (ainda faltaram Jean Cloude Van Dame, Wesley Snipes, Steven Segall e Jack Chan) num filme onde o que não flta é tiro, exposão e piadinhas entre os atores, passando a impressão de que todos ali se divertiram muito trabalhando neste projeto e que sempre quiseram participar de um projeto como esse. A luta entre Jet Li e Dolph Lundgren ficou muito legal, quase um Davi e Golias.
Outro detalhe interessante do filme é que algumas locações foram feitas no Brasil e Stalone quis a participação de uma atriz brasileira, daí somos presenteados com a presença de Gisele Itié, brasileira, de origem mexicana e que não deixou nada a desejar no inglês. Merece mais oportunidades em Hollywood com certeza.
É um filme definitivamente para meninos, já que meninas preferem os filmes de chorar, mas se muitas vezes as mulheres conseguem fazer os homens ver filmes de outra natureza, este seria uma boa oportunidade para elas acompanharem os namorados. Tenho certeza de que não se arrependerão. Diversão garantida!!!

A Origem

Leonardo di Caprio nunca esteve em nenhuma das minhas listas de melhor ator, mas ultimamente ele tem deixado de lado aquele estilo galã e se arriscando em papéis mais densos e isso está fazendo o cara subir no meu conceito. Sei que muita gente vai dizer que eu não entendo nada, que ele sempre foi bom. Eu nunca disse que sabia de alguma coisa, então, tá valendo...

Sobre o filme
Um especialista em invadir a mente das pessoas durante o sonho e roubar informações é contratado para inserir uma informação e nessa operação arriscada, ele tem de montar uma equipe com os melhores profissionais que encontra e para conseguir o que foi contratado para fazer, ele precisa descer vrios níveis na mente invadida, levando todos a um risco que poucos conhecem.
Fazia tempo que eu não via um filme de ação tão inteligente assim, tá certo que não chega a um Matrix, mas o enredo aqui segue outra linha, ele me lembra um pouco aqueles filmes de ficção científica antigos, onde se contava muito mais com a imaginação de quem assiste do que se basear apenas em efeitos especiais. Tá, sei, este filme tem efeitos bem interessantes, como quando a cidade criada dentro do sonho se dobra e o cenário vai sendo criado enquanto ele andam pelas ruas, mas se notarem, só há esta cena com efeitos mirabolantes, o resto do filme todo é apenas usar a imaginação e viajar no roteiro.

Em Busca de uma Nova Chance

Alguns atores têm medo de assumir certos papéis e acabarem estigmatizados pela personagem. Pierce Brosnan coreu esse risco quando deixou a franquia 007, já que foi um grande James Bond, mas depois que deixou a série, vem conseguindo grandes papéis e bons filmes, inclusive até demonstrado seus dotes musicais (ver aqui). Do outro lado, temos a grande Susan Sarandon que dispensa maiores apresentações.

Sobre o filme
Após perderem o filho mais velho num grave acidente, uma família luta para se manter unida e seguir a vida em frente até que recebem a notícia de que o filho engravidou a namorada pouco antes de morrer e então começa a jornada para encontrarem a melhor forma de lidar com a perda de um ente querido e a chegada de um novo membro inesperado.
Quando peguei este filme, podia jurar que a história era baseada em fatos reais, mas fiquei surpreso ao saber que não. O interessante deste filme é que ele mostra bem a dificuldade de algumas pessoas em lidar com as perdas que acontecem na vida. De um lado, a mãe procurando respostas e do outro, o pai se recusando em falar do filho, como se isso escondesse a sua morte, no meio de tudo, o filho caçula com problemas de drogas e a namorada do filho falecido, grávida e sem ter para onde ir. O filme é realmente bem emocionante, bonito, mas com um tema desses, não tem como não ser triste e isso pode afugentar o público em geral. Não é um filme para moçada, ele tem mais a ver com o pessoal mais velho, mas vai agradar com certeza.
 

17 de dez. de 2010

Megamente


Continuando na sessão de férias, aqui vai mais uma aminação dos criadores de Shrek. É interessante como eles gostam de pegar alguns bons e velhos clichês do cinema inverter a ordem das coisas e aqui o trabalho ficou mais uma vez incrível.

Sobre o filme
A beira da destruição de seu planeta, os pais enviam seu filho ainda um pequeno bebê azul em uma cápsula pelo espaço para sobreviver e seguir seu destino, que infelizmente ele não conseguiu ouvir qual era. Infelizmente em um planeta vizinho, outra família tem a mesma ideia e os dois acabam chegando na Terra, mas em circunstâncias diferentes. Quando adultos, eles adotam nomes fortes como Metroman (o bonzinho) e Megamente (nosso vilão azul) e passam a lutar até que o mal vence o bem. Após esta vitória, Megamente percebe que a vida é monótona sem algum desafio e resolve criar um herói só para ter com quem lutar, mas acaba dando tudo errado e o que ele cria é outro vilão, e ele acaba tendo de enfrentá-lo para salvar a cidade e se torna o grande herói.
Como é costume do pessoal da Dreamworks, este filme inverte os papéis de vilão e mocinho e consegue um enorme sucesso de público e crítica, e de quebra, recheia a aventura com a melhor trilha sonora disponível, repleta de clássicos do rock.
Confesso que estava doido para ver esse filme e meu sobrinho é uma ótima desculpa para um marmanjo e eterno moleque como eu não pagar muito mico na matinê do cinema. Claro que ele adorou e quer ver de novo. Grande dica para as férias e merece ficar de olho nas locadoras quando sair, já que deve vir lotado de extras.

Uma Prova de Amor

Sempre gostei de ver Cameron Diaz nos filmes, mas não é só pelo fato de ser uma linda atriz, mas principalmente pelo seu talento. Claro que se lembrarmos de sua primeira grande aparição em "O Máskara" e hoje, veremos as diferenças tanto física quanto na atuação, mas essa moça conseguiu se firmar como grande atriz fazendo filmes de grande sucesso e outros nem tanto que um dia ainda venho comentar aqui. Outro nome que está sendo muito gostoso de encontrar é o de Abigail Breslin, essa menina está mostrando uma maturidade tremenda na frente das câmeras e ainda tem muito chão pela frente. Sorte a nossa.

Sobre o filme
Cansada de ser usada apenas como um repositório de órgãos e sangue para sua irmã portadora de leucemia, a caçula da família (Abigail Breslin) resolve entrar com um processo contra seus pais para ter o dierito de se recusar a doar um rim para a irmã. Sua mãe (Cameron Diaz) acaba indo aos tribunais como advogada para defender os interesses da família e nesse momento, temos uma reviravolta na história que irá surpreender a muita gente. O interessante neste filme é o ritmo impresso na narrativa. Ele não segue uma forma linear para contar a história e sempre traz trechos do passado para explicar certos momentos do presente e também houve a preocupação de não manter apenas as filhas e a mãe na cena principal, mas mostra os sentimentos de todos na família e isso ficou muito bom de se ver.
Aqui ficam também registradas duas participações de grande valor. Alec Baldwin como o advogado da menina e uma boa surpresa. Joan Cusack em um filme dramático. Sempre via a irmã de John Cusack em filmes mais leves, comédias bem light, mas vê-la num drama assim, e num papel tão forte quanto a da juiza foi legal de ver.
Como diria uma tia minha, esse é um filme de chorar e realmente pega bem forte pela emoção. Bom para quem gosta de tramas bem feitas e filmes com reviravoltas no final.

10 de dez. de 2010

O Golpista do Ano

Eu gosto de Jim Carrey. Conheço um monte de gente que não, que o acha muito forçado e tal, mas ele as vezes me lembra um pouco o estilo do Jerry Lewis. Tudo bem que o cara não tem tido tanta sorte ultimamente como no início da carreira e suas incursões em outros gêneros não cairam na graça do público, mas e daí? Outro que sempre me agrada muito é Ewan McGregor, que além dessa cara de bom moço, tem um talento enorme. Rodrigo Santoro continua sua busca por um lugar ao sol de Hollywood, tanto que aqui ele aparece bastante e tem uma parte bem importante na história, merece o sucesso que está fazendo.

Sobre o filme
Por incrível que pareça, este filme é sim baseado em fatos reais. Após sofrer um acidente, um policial devidamente casado (Jim Carrey) assume sua homossexualidade, abandona a mulher e a filha e passa a viver de golpes em seguradoras para poder oferecer tudo do bom e do melhor para seu parceiro (Rodrigo Santoro). Quando é preso, conhece o grande e verdadeiro amor da sua vida (Ewan McGregor) e volta a vida de golpes para viver como sempre quis. O interessante é que tudo o que sempre fez, era com uma criatividade tão grande e uma cara de pau sem igual que é difícil acreditar.
Este filme foi muito elogiado por uns, por mostrar grandes atores em papéis homossexuais tão fortes e marcantes e ao mesmo tempo foi duramente criticado pelo mesmo motivo, mas filmes com essa temática tendem a ser realmente bastante polêmicos.
Apesar desse clima de "amor e ódio", o filme é interessante, dá sim para rir em alguma cenas e podemos ver o conflito da personagem de Jim Carrey, que por mais que queira não fazer nada de errado, acaba cedendo ao impulso do momento. É um filme bem interessante para grupos que gostam de discutir temas polêmicos e se divertirem juntos.

Vidas que se Cruzam

Lindas mulheres, excelentes atrizes e uma trama de dar nó na cabeça de alguns. É legald e vez em quando a gente assistir a algum filme mais complexo, que faz pensar um pouco até entender o que está acontecendo. Tá, muita gente vai dizer: "ué, cadê as comédinhas românticas que esse cara vive comentando?" Bom pessoal, como disse, de vez em quando, é bom pensar um pouco vendo um bom filme e drama é um gênero do qual gosto bastante também.

Sobre o filme
Uma mulher madura, mãe de Família (Kim Bassinger) vive um caso extra-conjugal descoberto por sua filha. Uma jovem em crise (Charlize Theron) não encontra sentido na vida e sem conseguir se apegar a nada nem ninguém, sente um vazio tomar conta de tudo. Uma menina vive com seu pai que sofre um acidente e acaba tendo de conhecer sua mãe que há muito tempo abandonou o lar. Três mulheres aparentemente sem ligação nenhuma em suas vidas se envolvem em uma trama de tal forma que suas vidas acabam se entrelaçando num desfecho inacreditável.
Guardem bem este nome: Guillermo Arriaga. Este é um escritor e cineasta mexicano que vem mudando a forma de fazer filmes dramáticos, mostrando um pouco da vida mestiça na fronteira entre Estados Unidos e México. Seus filmes tendem sempre a mostrar a aridez dessa região e a forma como ela embrutece as pessoas. Uma característica marcante de seus trabalhos é o tédio total das personagens ea sua busca por algum sentido na vida, naquilo que os cerca. O cara tem o dom de amarrar tão bem suas histórias, tudo muito bem alinhavado, costurado e ao mesmo tempo tudo parece um verdadeiro caos até que se consiga decifrar a sua real intenção.
Neste filme quero destacar as atuações de Kim Bassinger e Charlize Theron, que além de lindas mulheres, são atrizes de um talento inquestionável. A expressão de angústia de Theron chega ao ponto de mudar sua fisionomia e não conhecemos mais a linda loirinha de filminhos água-com-açúcar de antes. Já Bassimger mostra seu talento numa cena bem forte, onde ela expõe a cicatriz de câncer ao amante, realmente um ponto dramático na história que merece destaque.
Os filmes de Arriaga não costumam ser fáceis, não foram sucessos de bilheteria e quase que agradam só a fãs de cinema digamos, mais amadurecidos. Mas são filmes extremamente inteligentes, que fogem da rotina, então se você quer algo diferente, é uma boa pedida.