28 de fev. de 2010

Frost/Nixon


Sempre fui um apaixonado por história. Ainda hoje me lembro das aulas do prof. José Martins, explicando as pirâmides sociais das civilizações antigas, ou a forma de ele desenhar o mapa mundi na lousa, a forma como ele falava, as piadinhas e tal. Por conta desse interesse, sempre que posso, gosto de ver filmes biográficos, ou que contam uma versão menos conhecida de algum momento histórico, e nos filmes estas versões sempre são mostradas de alguma forma pouco explorada, ou pretendendo apresentar alguma coisa que o público em geral desconhece. No caso do dvd, a vantagem vem sempre nos extras, sempre recheados de novas informações que de alguma forma não coube no filme ou entenderam que não ficaria bom na telona. Seja como for, eu sempre vejo os extras do dvd antes do filme...
Filmes sobre fatos da história mundial recente são sempre complicados, pois sempre pode haver alguém que viveu aquele momento e diga que não foi bem dessa forma, mas acho muito pouco provável que alguém acusará Ron Howard de ter dirigido uma mentira. Não tive a oportunidade de ver este filme no cinema, o que não tira nenhum pouco a surpresa de assistir agora em casa. Este já começa o ano cotado como um dos melhores desta safra de DVDs, não é a tôa que foi indicado ao Oscar em 2009.

Sobre o filme

Um apresentador de televisão famoso pela futilidade de seus programas e pelo estilo playboy de vida, resolve entrevistar um dos personagens mais controversos da história mundial, o ex-presidente dos Estados Unidos da América, Richard Nixon. O que chegou a ser visto como uma grande oportunidade de voltar ao cenário político americano, além de ganhar um dinheiro fácil, acabou se transformando no maior tiro no pé que ele poderia dar.
O filme mostra bem que Nixon tinha a intenção de passar como um trator por cima do seu entrevistador, e se mostrar como o grande injustiçado por tudo o que houve, porém não contava com o fato de que David Frost (Michael Sheen) já não tinha mais nada a perder e portanto, partiu para a luta franca e aberta.
Não me lembro de grandes papéis de Frank Langella, mas este Nixon que ele viveu tanto nas telas quanto nos palcos (o filme foi baseado em uma peça de teatro, pela qual Langella foi premiado com o Tony de melhor ator em 2007), com certeza entrará para a história do cinema como o melhor já mostrado.
Todas as sessões da entrevista (os originais podem ser vistos aqui) foram como rounds de uma luta de boxe, com dois oponentes devidamente preparados. No filme podemos ver que Nixon previa um duelo entre os dois, e acabou reconhecendo em Frost um adversário de respeito. Realmente, um grande filme para aqueles que gostam de uma boa briga, um estudando o outro, buscando a melhor estratégia, tentando prever o próximo movimento, como em um jogo de xadrez.
Se você se interessa por história, e por personagens fortes, este filme com certeza vai agradar!


A pedido da distribuidora do filme, o Youtube bloqueou a opção de insersão do vídeo

Lunar


A ficção científica, para o desapontamento de muita gente, nem sempre é feita de naves mirabolantes ou de improváveis explosões no vácuo do espaço, muitas vezes ela é pura e simplesmente um conceito, e cabe a quem lê ou assiste, entendê-lo.
Existem porém, algumas coisas que jamais podem faltar em determinados gêneros cinematográficos e uma delas é orçamento. Você pode ter um roteiro primoroso, uma ideia fantástica, um elenco considerável, mas sem grana, as coiss se complicam bastante, pois acabamos sendo premiados com efeitos especiais e cenografia do tempo em que o Chaves era novidade nas telas. O orçamento não é grande? Aí entra então um outro recurso tão importante quanto, a experiência.
Este é o primeiro filme do diretor Duncan Jones. Tá, o cara é novo nas telonas, mas não em direção, pois já dirigiu comerciais e clipes musicais, além de ser formado em Filosofia. Isto bastaria para ele imprimir um ritmo diferente ao filme, sem transformá-lo em um filme de ação. A escolha de Sam Rockwell também não foi uma das coisas que me agradou. Não que o cara não seja bom, mas num filme onde ele é praticamente a única pessoa na tela quase 100% do tempo, a escolha poderia ter sido melhor. Acho que o orçamento para elenco deve ter sido quase todo usado para a dublagem que Kevin Spacey fez do computador do filme. Talvez, se houvesse uma troca entre os atores, o diretor tivesse sido mais feliz, mas chega de malhar o Judas.

Sobre o filme
Com a descoberta de um mineral de alto poder energético na superfície da Lua, uma empresa envia um funcionário para viver por três anos na estação, completamente sozinho, tendo por companhia um robô (dublado por Kevin Spacey), que controla tudo na estação. Infelizmente, um acidente ocorre na sua chegada e a empresa, já esperando o pior, resolve ativar clones deste funcionário, sendo que a vida útil de cada clone coincidentemente é de três anos. Ao final deste período, o clone antigo é descartado e um novo é despertado e começa a agir como se acabasse de chegar. Tudo vai indo bem, até que um clone é despertado antes do anterior esticar as canelas.
A primeira vista, alguém pode achar que o filme é uma cópia de algum outro. Não é. O diretor deixa claro nos extras que ele se inspirou sim em alguns clássicos do gênero e que fez algumas homenagens a estes filmes. Realmente o filme é bem parado, mas em uma história que conta a vida de um único homem vivendo isolado na Lua não poderia ser diferente, mas quando disse que o filme poderia ter um outro ritmo, entenda-se uma outra visão sobre o tema, uma abordagem diferente, talvez uma trilha incidental mais contundente fosse o suficiente.
Não existe um clima de suspense, nem de ação, ele tenta insinuar algum drama quando a realidade dos clones é descoberta, mas fica nisso. A dublagem do robô poderia ter sido mais aproveitada, se o robô não fosse feito em computação gráfica. Era uma caixa que andava pendurada no teto, com uma tela mostrando caretinhas que pretendiam ilustrar algum sentimento que pudesse estar implícito em suas falas.
Não é um filme simplesmente para assistir e ficar de boa, ele exige que se pense um pouco em tudo para ser entendido. Renato Russo uma vez cantou: "Festa estranha com gente esquisita..." Este é um filme meio estranho, eu tenho um gosto meio esquisito às vezes para filmes, nos demos bem no fim das contas. Se alguém quiser arriscar, me conta o que achou depois...


21 de fev. de 2010

Novidades no Amor


Ahhhh... Catherine Zeta-Jones.......... Lembro como se fosse hoje quando a ví pela primeira vez, em um especial para a TV britânica, sobre o Titanic...
Bom, essa moça já provou que não é só mais um rostinho bonito nas telas e portanto, ficar aqui falando a respeito de o quanto ela é uma atriz versátil, inteligente (além de muito gata, claro...) é perda de tempo, portanto, vamos ao que interessa.
Não sei porquê, mas se tem um tipo de filme que me agrada bastante é o que mostra a cidade de Nova York como um lugar de gente bonita, alegre, onde as pessoas sempre moram bem, em bairros sempre muito limpos e apartamentos sempre espaçosos. Queria ver se alguém consegue fazer algo parecido em São Paulo, afinal de contas, em tamanho são bem parecidas.
Uma comédia romántica é sempre um filme legal p/ ser visto acompanhado. A mulherada sempre gosta, a gente sempre dá umas risadas, todo mundo se diverte, tudo sempre acaba bem e a gente fica com a impressão de que a vida é linda, perfeita e tudo fica bem! Alguns filmes deste gênero são melhores do que muitos livros de auto-ajuda por aí, e a locação acaba sendo beeem mais barata, então... Arrisque a vontade!

Sobre o filme
Dona de casa vivendo alegremente com sua família em um bairro tranquilo, descobre que o marido está saindo com uma de suas amigas e resolve se separar. Sai de casa com os filhos e vai morar em Nova York, onde tudo é diferente e novo para seus filhos.
Quando começa a trabalhar, ela acaba contratando os serviços de babá de um atendente de cafeteria bem mais novo que ela, mas que se mostra exatamente o que ela procura em um homem.
As complicações geradas pela diferença de idade entre eles é o que dá o tom engraçado do filme, pois ela se acha velha demais para o rapaz.
Boa dica para aquelas noites de sábado a noite em que se está a tôa em casa!


Tá Rindo do quê?


Existem alguns atores que me chamam a atenção na locadora, e acabo pegando seus filmes independente do que seja. Adam Sandler é um deles. Definitivamente um cara que já me rendeu muitas risadas e ótimos momentos tanto em frente a TV quanto no cinema. Ultimamente porém ele tem andado num caminho de filmes diferentes do seu padrão original. Isso não o tira do topo da minha lista, mas é preciso tomar cuidado. Acho que a participação de um grande amigo seu em seus filmes, Rob Shneider, tem afetado um pouco o nível das últimas produções, mas é melhor ter um pouco de paciência e esperar para ver o que vem por aí, afinal de contas, ele é o cara!
Um outro rosto que tem se tornado bastante frequente nas prateleiras ultimamente é Seth Rogen, vale a pena ficar de olho nesse cidadão, acho que boas coisas virão daí.

Sobre o Filme:
Sandler faz um comediante muito famoso, mas que descobre uma doença rara e com isso acaba entrando em depressão, voltando a se apresentar em uma casa de stand-up comedy, onde encontra Rogen, um cara de potencial, mas que ainda tem de aprender muito. A união dos dois acaba sendo o grande barato do filme e o verdadeiro protagonista da história, sem que um dos dois seja a estrela principal. Enquanto um busca recuperar sua vida, frente a morte, o outro vê a grande oportunidade de sua vida, trabalhando para seu ídolo e o ajudando nessa jornada. O final acaba sendo previsível e satisfatório, pois é o que todos querem realmente ver e não faz parte dos planos de Adam Sandler nos surpreender dessa forma em seus filmes.
Confesso que, como comédia, não ví muita graça nesse filme, por isso o sinal de interrogação (?) no marcador. Este filme definitivamente não é engraçado, mas possui cenas engraçadas, situações que nos fazem rir, mas não a ponto de se lembrar desse filme como uma grande comédia. É um bom filme, um pouco longo demais, é verdade, mas interessante de se ver, tem seus momentos divertidos, mas tem também seus momentos de um quase-drama, afinal de contas, a solidão que o personagem de Sandler vive faz mesmo pensar sobre a importância do qu achamos ser a escolha certa ou não.
Recomendo para fãs de Adam Sandler! Para quem quer só dar risada, a história é diferente...


Desculpa pessoal, mas por mais que tenha procurado, não encontrei um trailer legendado, então postei o único que encontrei. Fico devendo...

17 de fev. de 2010

O Roqueiro


Se tem um gênero que me agrada bastante, é esse tipo de comédia no estilo "sessão da tarde". Neste caso específico, eu até concordo com quem diga que a bunda do ator Rainn Wilson não seja lá algo a ser mostrado na tv em uma tarde qualquer, mas este é o máximo que alguém pode reclamar.
Para quem não conhece Rainn Wilson, basta consultar a série The Office transmitida no Brasil no canal FX por assinatura, onde ele faz um funcionário completamente pirado e com um olhar que assusta.
Uma outra presença que sempre me agrada bastante é a de Christina Applegate. Gosto dessa atriz, é uma pena que nunca a ví em um filme mais consistente, de outros gêneros.

Sobre o Filme:
Gostoso. É exatamente o que eu achei desse filme enquanto assistia. Um roqueiro das antigas tendo a oportunidade de voltar ao sucesso. Tá, eu sei, o formato é bem batido. Um cara com muito potencial passa por dificuldades e tem de abrir mão de tudo, até que, muito tempo depois, tem outra oportunidade e se dá bem. Quem já não viu isso antes?
Mas e daí? Só a trilha sonora do filme já compensa tudo isso! M
uitas músicas dos áureos tempos do Hard Rock dos anos 80. Para aqueles que quiserem rir um pouco, esse é um filme interessante, vale cada pipoca do pacote com certeza!
O trailer pode ser visto clicando o link abaixo:
A pedido da distribuidora do filme, o Youtube bloqueou a opção de insersão do vídeo.

14 de fev. de 2010

STAR TREK (2009)


Bom, como este é o primeiro post do blog, nada melhor do que começar por um clássico. Nunca fui um trekker mas sempre adorei assistir aos filmes e aos episódios da antiga série em preto-e-branco (o que me fez "nascer" para esse gênero de filmes). Ao contrário do que muita gente pensa, Jornadas nas Estrelas era o tipo de série que te fazia pensar, pois com o orçamento baixo que tinham, o pessoal era obrigado a fazer milagre nos episódios, sem falar na tecnologia disponível. Mesmo assim, a equipe do comandante Kirk fez escola, tanto é que houveram alguns spin-offs, sem falar na legião de fãs que seguem e copiam cada detalhe da série.

Sobre o filme:
Tenho de admitir, peguei esse dvd na locadora, por ser carnaval e eu não estar muito a fim de pensar, queria só ver a USS Enterprise e matar as saudades da antiga série, além de rever o grande Leonard Nimoy (o eterno Spock).
Minha surpresa foi ver um filme bem legal, com um nível de ação acima da média (pelo menos para a franquia) além de mostrar a origem da dupla Kirk/Spock, isso foi uma grande sacada, que pode dar uma renovada no público. Uma coisa de que senti falta foi da elegância dos filmes mais antigos, isso pode ser coisa de saudosista, eu sei, mas era uma coisa legal de ver, não havia tanta luta corporal e o pessoal sempre aparecia bonitinho depois, nada de o comandante Kirk de cara estropiada...
Bom, para quem gosta de ficção científica com conteúdo, vale a pena locar! e lembrem-se: Vida longa e próspera...