29 de mai. de 2011

Thor

God save Stan Lee!!! Again!!! Me sinto um privilegiado por poder viver em um tempo em que posso desfrutar da criatividade de pessoas como ele, afinal de contas, alguém que consegue incluir um deus asgardiano da mitologia nórdica em seu universo particular repleto de heróis e seres superpoderosos e mágicos tem de ser alguém de uma criatividade ímpar e uma mente mais que privilegiada. Pegue as histórias criadas por este simpático senhor e coloque  sob a batuta de um diretor de linhagem shakespeariana como Kenneth Branagh e já dá para se ter uma ideia do que pode acontecer.

Sobre o filme

Thor, deus do trovão, filho de Odin (Anthony Hopkins) acaba sendo banido de Asgaard por sua prepotência e vaidade, além de ter sido vítima de seu irmão Loki e por isso acaba sendo lançado ao exílio na Terra e cai quase em cima de uma pesquisadora (Natalie Portman) que o ajuda na sua busca por seu martelo Mjölnir que está em poder da S. H. I. E. L. D., agência  do governo comandada por Nick Fury (Samuel L. Jackson). O resto é pancadaria da boa.
Eu esperava algo um pouco diferente, um Thor mais maduro um pouco, o ator escolhido, não me lembro o nome e nem de tê-lo visto em algum outro filme tem um rostinho de comercial de creme dental ou coisa parecida. A sorte que o carisma do personagem conseguiu emplacar, porque o ator não tem quase nada. A presença de astros hollywoodianos como Anthony Hopkins, Rene Russo e Nathalie Portman talvez sirvam para justamente completar o que o ator principal não tem, e conseguem fazer isso de forma brilhante. Anthony Hopkins como Odin está tão magistral quando em qualquer outro papel de sua carreira, é um verdadeiro monstro que enche a tela quando surge. Como eu disse, o personagem engoliu o ator e como todo bom heróis, salvou o dia, no caso o filme. Agora só falta esperar o Capitão América no mês que vem para ver como ficará a cara do próximo filme da Marvel, Os Vingadores que será lançado em 2012. Aqui podemos ver uma breve aparição do Gavião Arqueiro.
Como de costume nos filmes da Marvel, neste também tem uma cena adicional após os créditos, mas a deste eu não entendi, alguém sabe me dizer o que tem dentro da maleta?

O Leitor

Kate Winslet já provou há muito tempo que não é só mais um rostinho bonito em Hollywood. Se pegarmos o retrospecto da moça, desde Titanic que ela vem sempre fazendo filmes excelentes, como A Vida de David Gale, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e O Amor Não Tira Férias, só para citar alguns, fora os tantos outros que a fizeram ser indicada a Oscars e Globos de Ouro, inclusive vencendo pelo papel neste filme. O cinema está repleto de rostinhos bonitos para enfeitar as telas, mas beleza com talento é sempre bom de se ver e Kate Winslet dá sua contribuição com todo louvor a nós, reles mortais fãs de cinema.

Sobre o filme
Vivendo incógnita em uma pequena cidade da Alemanha, uma ex-guarda do exército nazista (Kate Winslet) ajuda um adolescente doente e os dois acabam se envolvendo em um tórrido caso de amor escondido que termina sem nenhuma explicação, com ela desaparecendo da vida do jovem sem oportunidade de ele se despedir. Anos mais tarde, enquanto cursava faculdade de direito, o jovem acompanha um processo de condenação de antigas guardas femininas nazistas acusadas de condenarem a morte centenas de mulheres e crianças presas em uma igreja bombardeada e eis que ele descobre sua amada no banco dos réus. Na sua fase adulta (vivido por Ralph Fiennes), aquele jovem resolve de alguma forma manter contato com sua antiga paixão até o fim de sua pena de prisão.
Como este é um filme não tão novo, acho que não tem problema eu comentar uma parte do filme que achei bastante interessante. A Personagem de Kate Winslet é analfabeta, por isso o nome do filme, porque ela pede para o menino ler os livros que ele sempre carrega, já que sempre vai para a casa dela depois da escola. Após sua prisão, e após descobrir que ela era analfabeta, o garoto, como ela o chama passa a gravar os livros e envia as fitas para a cadeia, para que ela possa continuar ouvindo as histórias e ao invés de apenas ouvir, ela usa este material e aprende a ler e escrever sozinha. É interessante pois justamente pela vergonha de reconhecer que era analfabeta que a levou para a prisão e ele, por sua vez, descobriu isso durante o processo, poderia ter interferido, mas não sabia o que fazer.
É um drama bastante interessante, que inclusive tenta mostrar um pouco da Alemanha pré queda do muro de Berlim, além de contar uma história de amor diferente do que nos acostumamos. Não é um filme para o grande público, mas é um filme que aqueles que gostam de cinema devem assistir com certeza.

15 de mai. de 2011

As Viagens de Gulliver

Jack Black está de volta! Apesar de um tempo afastado, este grande ator que tem seu próprio índice de referência aqui no blog reaparece agora em uma releitura de um clássico da literatura, o que sempre funcionou muito bem no cinema. Aliás, não só de adaptações de livros clássicos vive o cinema, os famosos best-sellers também garantem boas bilheterias, como já vimos aqui. Por um lado, isso mostra uma certa falta de criatividade de produtores e roteiristas, mas por outro, é uma excelente forma de mostrar uma nova interpretação da história já conhecida, até porque, tem muita porcaria rodando por aí...

Sobre o filme
Responsável pela correspondência de um grande jornal Gulliver (Jack Black) é apaixonado por uma das editoras do jornal (Amanda Peet) e por total falta de coragem de expressar seus sentimentos, acaba se voluntariando para uma matéria sobre o Triângulo das Bermudas, onde ele cai em uma tempestade e vai parar em um estranho país chamado Liliput, onde todos os habitantes são extremamente pequenos em relação a ele e onde o atrapalhado passa a ser visto como um grande herói, até se envolver em uma batalha com uma nação inimiga de Liliput. Gulliver então tem de reconquistar a confiança de seus novos amigos e salvar o país.
Apesar de um grande fã de ficção, tenho de confessar que nunca li este clássico da literatura mundial escrito por Jonathan Swift. Na verdade, nem cheguei a ver o último filme antes deste, feito senão em engano em 1996. Depois de ver esta versão moderna da história, fiquei bastante curioso em ler o oroginal e qual não foi minha surpresa que, ao pesquisar na Internet, descobri que o livro está disponível para acesso de forma gratuita no site do Domínio Público, um projeto do MEC que disponibiliza diversas obras livres de direitos autorais.
Este filme não é mais uma comédia de Jack Black, mas um filme de aventura bem divertido, com suas caretas e seu dom de provocar constrangimento alheio em quem assiste, tamanha a falta de noção de seus personagens, mas o legal é que este é um filme para toda a família, sem cenas apelativas ou piadas mais pesadas. É para ver com a criançada e se divertir o máximo que puder! E quem quiser conhecer o original como eu, acesse este link e baixe o livro legalmente, ou compre um volume em uma das milhares de livrarias e ofereça como um presente a uma criança, o que acaba sendo mais legal ainda se pais,mães e filhos lerem juntos!

6 de mai. de 2011

Minhas Mães e Meu Pai

Sempre que você tem um grande elenco reunido em um mesmo projeto é difícil não se sentir atraído para ver no que deu. Independente do tema abordado, o fator humano envolvido é sempre algo a se considerar quando se escolhe um filme para ver, já que grandes artistas não costumam envolverem seus nomes em roteiros meia-boca. Um filme que reune Annette Bening, Juliane Moore e Mark Ruffalo em um estranho triângulo amoroso não pode ser desprezado na prateleira. Ainda mais quando alguns dos envolvidos foram indicados ao Oscar pelo filme em questão. Juntando a eles as duas jovens revelações Mia Wasikowska (Alice no País das Maravilhas) e Josh Hutcherson (Zathura: Uma Aventura Espacial), temos então uma excelente combinação de talentos em uma história bonita, diferente e ao mesmo tempo clássica, que sempre vale a pena ser recontada.

Sobre o filme
Movidos pela curiosidade natural da adolescência, os filhos de um casal de lésbicas resolve entrar em contato com o doador de espermas para conhecerem seu pai biológico. Com a chegada  deste novo elemento, as mães dos jovens enfrentam uma crise conjugal movida pelo ciumes e pela disputa territorial pelo amor dos filhos.
Claro que o filme é muito mais que estas poucas linhas, mas fica complicado tentar falar mais que isso sem comprometer o entretenimento de quem quer ver o filme. Quando disse que esta é uma história diferente, é pelo fato de nos apresentar um casal homossexual em toda sua plenitude, com trocas de carícias, cenas de sexo e tudo o que um casal “normal” teria direito no cinema. É também uma história clássica, pois ela trata de sentimentos que envolvem uma família, seus atritos, suas discordâncias, seus perdões e o amor entre os que fazem parte dela. E é também uma história bonita porque como diz o título do livro de Shakespeare fica “tudo bem quando termina bem”.
Não recomendo este filme para pessoas de pensamento retrógrado, que acham que homossexualismo é coisa do capeta ou algo parecido. Quem aprecia arte, e cinema é sim uma forma de arte, tem de ter a mente aberta e ser receptivo ao novo, ao diferente. Lembrando que nossa Constituição reza que somos todos iguais, sem distinção de sexo, crença, etnia ou por qual time de futebol a gente torce. Assim sendo, e ainda fazendo uso das palavras de Shakespeare: “Tudo acabará bem, é o que vos digo, se palma nos baterdes. Alegria vireis achar aqui dia por dia. Bastem-vos nossas boas intenções; dai-nos as mãos; eis nossos corações.”
P.S. (Não, este filme e o autor de Romeu e Julieta não tem nada a ver um com o outro).

De Pernas pro Ar

O cinema brasileiro tem passado por uma grande fase, de bons filmes, excelentes revelações de nomes, tanto de atrizes quanto atores e diretores, mas por conta disso, acaba sendo vítima de um tipo de projeto que é bastante discutível e arriscado. Um filme do tipo “caça-níqueis” é aquele feito com nomes conhecidos, grande investimento de marketing, quase sempre feito em cima de alguma peça do elenco e uma temática interessante. Pronto! Temos agora uma grande incógnita a ser desvendada. Por um lado, pode ser um verdadeiro sucesso, mas por outro, as vezes se torna uma verdadeira bomba. Como todo mundo tem suas contas a serem pagas, as vezes é preferível arriscar em um destes projetos e ver no que dá.

Sobre o filme

Recém promovida a gerente de marketing de uma fábrica de brinquedos, uma mulher (Ingrid Guimarães) vê sua vida se transformar em um verdadeiro inferno quando uma encomenda sua acaba sendo trocada por engano por uma de sua vizinha (Maria Paula) e como se não bastasse a demissão, seu marido (Bruno Garcia) resolve dar um tempo no casamento por achar a esposa bitolada demais no trabalho. Tudo promete mudar quando ela resolve investir em um sex shop de sua vizinha, mas precisa manter segredo, uma vez que o marido acha isso tudo uma grande imoralidade.
As vezes eu me pergunto para que são contratados os diretores de fotografia em um filme, se eles não alertam aos produtores e diretores que um determinado rosto não funciona bem na telona. Vejam bem, não estou questionando aqui o talento, mas definitivamente, tem gente que fica ótima na TV, mas no cinema simplesmente não encanta. Ingrid Guimarães é uma dessas pessoas. Sem falar que a todo momento eu tinha impressão de que ela iria chamar a todos de “amado” ou “poderosa” ou qualquer outro jargão que ela costuma usar nos seus trabalhos.
O filme é engraçado? É. Ele é bem feitinho, com boa produção? É. Bruno Garcia e Maria Paula estão muito bem no filme, mas o que pega na minha opinião é mesmo a atriz principal. Tudo bem que pode ser birra minha, sei lá, nunca curti muito o tipo de humor da Ingrid Guimarães. Esse filme eu realmente peguei porquê todo mundo viu e eu quis ver o que ele tinha que tanta gente falava. Não vi nada demais e até acho que foi supervalorizado pela mídia, mas tudo graças ao vitaminado orçamento de marketing de um filme com artistas globais. Quem quiser, que veja, esse aí eu não faço tanta questão.