27 de abr. de 2010

Sempre Ao Seu Lado

Quem gosta de filme de chorar, dessa vez vai se esbaldar! O cinema sempre explorou o sentimento das pessoas pelo animais, desde comédias até filmes de suspense, mas é no drama onde eles conseguem os melhores resultados. Aí eles aproveitam e colocam no mesmo filme Richard Gere, que por sí só já arranca suspiros da mulherada, aí então é covardia. Mas vamos deixar de papo furado e vamos ao que interessa.


Sobre o Filme
Um professor de música (vivido por Richard Gere) encontra em uma estação de trem, em uma noite fria, um filhote de cachorro e resolve cuidar do bichinho até que seu dono verdadeiro apareça, e apesar da resistência da mulher (Joan Allen), o cachorro acaba ficando na casa e passa a fazer parte da vida do casal. O cachorro em questão é um Akita, raça original do Japão e por isso o nome do cão, Hachiko (oito em japonês), que aparece na coleira do filhote.
Quando cresce, Hachi como é chamado passa a acompanhar seu dono todos os dias até a estação de trem para ir ao trabalho, e no final da tarde, vai esperá-lo fielmente para ir embora. Em um dia em especial, Hachi tenta fazer com que seu dono fique em casa mas não consegue. Seu dono morre do coração e acaba não voltando no trem como de costume. A Família tenta levá-lo e cuidar dele, mas ele acaba indo embora e por todos os dias, durante dez anos, ele fica na frente da estação, esperando a volta do seu amigo.
Só de me lembrar, já me enchem os olhos de lágrimas, chorão clássico que sou. Ainda mais quando vemos um exemplo da fidelidade do animal em relação ao seu dono e ver aquele cão, velhinho já, cumprindo seu ritual de todos os dias, até o fim da vida é algo que emociona demais. Quem já perdeu um amigo assim, de velhice, sabe do que estou falando. Por mais incapazes que eles estejam, ainda querem nos agradar e não medem esforços para isso. O resultado, terminei de assistir a este filme já às duas e meia da manhã e chorava feito criança há meia-hora sem parar. Detalhe, o filme foi inspirado na história de um cão da mesma raça e nome que aguardou seu dono na estação de Shibuya, no Japão, por dez anos, e faleceu em 1935. Aí não tem vivente desse mundo que aguente!!!
Assistam! Assistam!! Assistam!!! E quem for chorão como eu, já prepare a caixa de lenços porque este filme é uma pedreira...
Espero comentários!

26 de abr. de 2010

O Livro de Eli

Vamos de Denzel Washington de novo? Uma dobradinha, porque não, afinal, o cara é bom e sempre vale a pena ver. Aqui podemos ver o quanto ele é, além de grande ator, extremamente versátil quando fora do seu gênero mais comum.

Sobre o Filme
num futuro incerto mas pelo visto, não muito distante, o mundo foi devastado e o que restou da humanidade vive de restos, como nômades, roubando tudo o que encontram para poder trocar por água ou alimento. Eli (Denzel Washington) é um dos poucos que conhecem a história recente do mundo e faz uma jornada para levar um livro até a costa oeste dos Estados Unidos. No meio do caminho, é ataco por um grupo liderado por Carnegie (brilhantemente interpretado por ninguém menos que Gary Oldman) que procura justamente o livro que Eli carrega para dominar o povo.
Falar mais um pouco sobre o filme, vai acabar comprometendo, afinal de contas, ele ainda está em cartaz nos cinemas e não quero passar pelo chato que sempre fui contando o final do filme, hehehe... Mas também interessante é vermos uma pessoa que há tempos está afastada das telonas, a atriz Jennifer Beals (aquela mocinha soldadora do Flashdance. Hoje ela pode ser vista na série "The L World"), além de uma cara nova chamada Mila Kunis, vinda da Ucrânia.
Não adianta falar que não, todo filme pós-apocalíptico sempre fica com cara de Mad Max (aqueles filmes que o Mel Gibson fez, há milênios atrás...). Sempre tem lugares desertos, gente coberta de roupas por mais calor que faça no deserto, um mocinho andarilho e um vilão que quer dominar tudo (no meio do deserto...) e o final, todo mundo já imagina.
O interessante deste filme é que ele me fez lembrar um livro de Ray Bradbury, de 1953 chamado Farenheit 451 e levado às telonas em 1966 por François Truffault. Nele, a humanidade não sabia o que era cultura, pois os livros eram probidos e um pequeno grupo rebelde se incubia de cada pessoa decorar um livro, e recebiam o nome de Homens-Livros. Por estas e outras que não dá para dizer que filmes pós-apocalípticos são novidade, até porque, todos eles parecem fazer parte de um grande e único filme, ou um seriado de episódios gigantescos... Mas de vez em quando, aparece alguém com uma grande sacada, e a desse filme, só indo ao cinema por enquanto para saber qual é...

O Grande Desafio

Pegue dois vencedores do Oscar, coloque-os em uma história emocionante e dirigidos por um deles, acrescente a essa história uma trilha sonora regada ao bom e velho blues sulista e o que se pode esperar a não ser um grande filme? Denzel Washington e Forest Whitaker dividindo a tela é sempre um grande prazer em assistir. Esta é uma das poucas oportunidades em que podemos ver Denzel dirigindo, e podemos também afirmar que o cara é muito bom não só em frente às câmeras, mas atrás delas também, sendo assim, permitam, me ir direto ao ponto.

Sobre o Filme
Década de 30, estado do Texas, sul dos Estados Unidos, ainda sobre o declarado estado de racismo, o professor de uma universidade excusiva para negros treina a equipe de alunos que participará dos torneios de debates com outras universidades. Socialista, crítico e apaixonado pelo que faz, ele consegue levar seu time à vitória em praticamente todos os debates de que participa, e com isso eles vão conhecendo um pouco mais do que é capaz o racismo americano, até que conseguem enfrentar em debate a Universidade de Harvard, ou seja, simplesmente os melhores da elite branca.
Esta história é baseada em fatos reais e mostra até onde se consegue chegar com determinação e preparo. Eu gosto muito de filmes que envolvem escolas, alunos, mas que se há de fazer, depois que se sujam as mãos com giz, é difícil tirar isso das nossas vidas.
Denzel Washington como sempre, impecável, e nesse caso, belamente acompanhado na tela por Forest Whitaker, temos dois atores do mesmo nível abrilhantando esta história que como já disse, é emocionante e que toca a quem assiste com toda certeza.
Recomendado em especial para professores que sabem do que seus alunos são capazes quando conseguimos chegar até eles...

19 de abr. de 2010

Os Piratas do Rock

Existe um estilo de comédia bastante peculiar e que raramente cai no gosto popular, talvez por fazer uso de um tipo mais refinado de humor, o britânico. Quem conhece o grupo Monty Python sabe bem do que estou falando. Este tipo de humor é bastante inteligente e muito sutil (se bem que as vezes essa sutileza lembre um elefante dentro de uma loja de cristais...), o que talvez tenha contribuído para a sua falta de popularidade, mas o curioso é que quem assiste, se diverte muito, só não percebe o que é. É uma pena, pois é um estilo que merece muito mais atenção do grande público...
Sobre o filme
No final dos anos 60, o rock domina o cenário mundial e em especial a Inglaterra, país onde apenas a BBC, única emissora do Reino Unido domina as transmissões. Por falta de uma programação musical mais popular, surgiram algumas rádios piratas que, fazendo total juz ao nome, transmitiam sua programação exclusivamente musical a partir de barcos ancorados no Mar do Norte e levavam o rock aos lares britânicos. Curiosamente, apesar de se tratarem de rádios piratas, elas atuavam dentro da legalidade, diferente do conceito que se tem delas hoje, e o governo britânico quer acabar com elas de alguma forma, e é aí que começa a nossa história. Uma das rádios piratas mais popular, a Rádio Rock, com um grupo bastante eclético de locutores resolve enfrentar a proibição do governo às rádios piratas. Detentores de um vocabulário totalmente fora do convencional, eles conquistam a ira dos governantes e o amor dos ouvintes, que oferecem um final emocionante ao filme.
O filme conta com trunfos fantásticos para dar certo e cair no gosto de quem curte o bom e eterno rock 'n' roll e grande parte deles está na trilha sonora. Simplesmente fantástica e repleta de clássicos, dos mais variados estilos, que mostram um pouco da personalidade de cada locutor da rádio.
Dois destaques deste filme são Bill Nighy como o dono da rádio e o maior ladrão de cenas e talvez de filmes que já ví até hoje, Philip Seymour Hoffman, como o único americano da equipe.
Hoffman é hoje na minha humilde opinião, um dos maiores atores da nova geração. Quando aparece na tela ele tem o dom de roubar a cena, ele toma conta do ambiente e nos presenteia com sua performance impecável, não por acaso, vencedor do Oscar de melhor ator em 2006.
Se você um dia moveu um braço de um toca discos para escolher uma música, gravou fitas k7 de cromo com 90 minutos em aparelhos com sistema Dobly para presentear uma pessoa especial, ou se divertiu com as fitas em VHS do Monty Python, vai com certeza adorar este filme e correr atrás da trilha sonora. E acreditem, vai valer a pena...


18 de abr. de 2010

9 - A Salvação

Quem não cresceu assistindo um bom desenho? Desde os clássicos da Disney aos mais diversos desenhos japoneses de hoje, passando por He-Man, Caverna do Dragão, Tom & Jerry, Pernalonga, Liga da Justiça e tantos outros. Hoje eles não são mais chamados de desenhos, mas se tornaram animações e a grande bola da vez são as animações em 3D, mas para mim continuam sendo desenhos e fazem a alegria do eterno moleque que sou. Aliás... Sou, mas quem não é?
Hoje em dia este gênero do cinema morde uma fatia gigante do mercado. Muitos adultos acabam não alugando ou comprando filmes que gostariam para ver em casa, mas a criançada toda semana quer mais e mais, e não enjoam de assistir, decoram as falas e tomam conta da TV e do DVD player. Já que existe um ditado que diz que "se não pode contra eles, junte-se a eles", o jeito é participar do processo decisório na escolha do filme e ir educando a petizada a ver histórias melhores elaboradas para se tornarem dedicados fãs de cinema e clientes assíduos das locadoras. Meus amigos proprietários agradecem a gentileza, hehehe...

Sobre o filme
Em um futuro sombrio, as máquinas dominaram o planeta e acabaram com toda forma de vida do planeta, mas o cientista que criou a máquina que deu fim a vida na Terra, criou também pequenos bonecos com os quais dividiu sua energia vital para que salvassem o planeta e ajudar a renascer a vida.
Vale salientar que apesar do nome Tim Burton aparecer no filme, ele na verade foi apenas o produtor do filme, não intereferindo tanto no processo de criação, então pode esquecer seu toque mórbido tão característico.
Este filme, apesar de sombrio, pode sim ser visto pela criançada, pois tem uma mensagem bastante positiva de amizade, companheirismo e fidelidade. Os adultos que ainda curtem desenhos também vão gostar bastante, principalmente das imagens em 3D.
O filme todo é muito bem feito, com imagens e personagens que agradam e uma história que emociona também. Indicado com um belo balde de pipoca e refrigerante de montão!

17 de abr. de 2010

Os Substitutos

Bruce Willis é Bruce Willis! Seus filmes de ação sempre foram sucesso de bilheteria e sempre serão por muito tempo ainda. O cara sabe onde coloca o nome e sempre será sinônimo de muita ação na tela. Já transitou por diversos gêneros no cinema e sempre deu muito certo, então, se encontrar ele nas locadoras ou nos cinemas, pode ver que vale a pena.

Sobre o filme
Num futuro aparentemente próximo, muitos humanos escolhem viver suas vidas através de substitutos, robôs feitos a sua imagem e semelhança, ou da forma que bem quiserem ser, sem o risco de acidentes e ferimentos até que aparece uma arma que, além de destruir o substituto, acaba matando também seu operador. Willis é um policial que acaba perdendo seu substituto e resolve ir pessoalmente resolver o caso.
O filme é interessante pois mostra cenas de noticiários verdadeiros que mostram os avanços da robótica e sugerem que a ideia do filme pode se tornar real, o que não deixa de ser intrigante. Uma presença sempre agradável nas telas e que aqui infelizmente aparece pouco é a do ator Ving Rhames. O cara sempre manda muito bem e aqui aparece com um visual bastante diferente do que nos acostumamos a ver.
Como disse no começo do post, Bruce Willis semrpe vale a pena assistir, então, bom divertimento!!!


10 de abr. de 2010

Um Sonho Possível

O que se pode esperar do encontro de uma história maravilhosa e uma atriz também maravilhosa, numa interpretação digna de Oscar?
Como todos sabem, já me declarei aqui um fã de Sandra Bullock, eu realmente acho que ela é uma grande atriz. O fato de sempre ter feito filmes mais água com açúcar (salvo algumas exceções) nunca foi algo ruim, afinal de contas, as pessoas devem sempre buscar fazer aquilo o que lhes dá o maior prazer possível e ela fez justamente isso. Neste caso, o filme que ela escolheu fazer foi um drama, baseado em fatos reais. Sem desmerecer o trabalho das concorrentes desse ano, mas Sandra Bullock está impecável neste filme, mostrando que é sim uma atriz madura profissionalmente e capaz de surpreender muita gente e mereceu a estatueta com louvor.

Sobre o Filme
Um garoto carente, sem lar nem família tem a oportunidade de entrar para uma boa escola, mas enfrenta diversas dificuldades e o descrédito da maioria dos professores. Levando uma vida onde falta absolutamente tudo (ele literalmente só tem a roupa do corpo), numa noite fria, a família de dois alunos de sua escola resolve acolhê-lo, mesmo correndo todos os riscos que se possa imaginar ao se colocar um desconhecido dentro de sua casa. Para o espanto de todos, inclusive da mãe de família que o recolhe da rua, ele se mostra uma pessoa diferente de tudo aquilo que o mundo insistia em classificá-lo. Com o tempo, todos passam a experimentar novos sentimentos e assistem o renascer de uma pessoa.
Sou obrigado a confessar uma coisa aqui, sou um verdadeiro manteiga derretida para filmes, muitos deles já me fizeram chorar muito e não tenho vergonha de admitir isso. Se não estivesse num cinema cheio de gente, com certeza este seria mais um a fazer isso comigo. E o pior é que eu adoro filmes assim, cheios de emoção, que mostram que nem tudo está perdido.
"Um Sonho Possível" mostra que nem sempre a violência é a válvula de escape de quem se vê sem opções na vida. Um cara que tinha tudo para se tornar agressivo e revidar contra a sociedade da pior forma possível, resolve fhecar os olhos para o que a vida lhe mostra de pior, independente do que tenha de enfrentar e não abre mão dessa opção, dessa forma de ver tudo na vida.
Sandra Bullock faz a mãe de família que numa noite fria resolve dar uma cama quente para um estranho, mas engana-se quem pensa que ela está tendo um gesto de caridade, pois quem acaba sofrendo as maiores mudanças é ela mesma e sua família. Big Mike, este gigante estranho apenas continua sendo quem sempre foi, mas que nunca teve oportunidade de mostrar. O que este filme mostra é que um pouco de amor incondicional não faz mal a ninguém. A própria escola que quase o recusou no início, pregava que todos devem ser iguais e ainda assim tentou discriminá-lo. Graças ao olhar mais atento de uma professora, ele pôde continuar estudando e com o apoio de sua "família adotiva", conseguiu desenvolver seu talento para o esporte e ganhar uma bolsa de estudos para a universidade.
Será que olhamos para todos com o mesmo olhar? Conseguimos nos abster de pré-conceitos estabelecidos pela sociedade em que vivemos e fazer algo pelos outros? Muita gente pode dizer que estou dizendo isso por ter ficado impressionado com o filme, que realmente toca e emociona e pode até ser que estejam certos, mas o fato é que quando se leva uma história desse tipo para as telas, é justamente esse o tipo de mensagem que se tenta passar. Claro que ninguém precisa sair na rua e ir levando gente necessitada para casa, mas existem milhares de formas de fazermos deste mundo um lugar melhor. Pense nisso e faça sua escolha! Não custa nada e você só tem a ganhar! Você e todo mundo...
Altamente recomendável para toda a família! E quem não gostar, me desculpe, mas sua vida está precisando de um pouco mais do amor incondicional que citei acima...

4 de abr. de 2010

Estômago


E vamos mais uma vez de cinema nacional!
Cada vez mais eu me pergunto, por que ainda o Brasil não ganhou um Oscar, se temos filmes excelentes produzidos pela galera brazuca? Um pouco eu acho que por erro de quem indica quem concorrerá a vaga, pois temos diversos filmes premiadíssimos no mundo inteiro, então, não entendo o porquê da não indicação destes filmes, já testados internacionalmente, optando pela inscrição de títulos muitas vezes não tão bons quanto outros. Por outro lado, talvez o povinho de Hollywood não tenha estômago para ver certas realidades na telona. Para nossa sorte, nós temos, e aqui está ele!


Sobre o filme
Raimundo Nonato (vivido por João Miguel) desembarca no sul sem dinheiro, destino, sem nada, e acaba trabalhando na cozinha de um boteco pé-sujo e descobre que tem dom para cozinhar. Neste bar ele conhece Íria (Fabíula Nascimento), uma prostituta por quem ele se apaixona e com quem mantém um relacionamento em troca de comida. Acaba indo trabalhar em um restaurante italiano, onde aprende todos os requintes da culinária internacional e onde também flagra sua amada com o dono do restaurante. Preso, acaba descobrindo que quem cozinha tem privilégios na cadeia e com isso conquista a confiança de todos e passa a subir na sociedade do xadrez.
Este filme tem produção binacional Brasil-Itália e talvez por isso, acabou recebendo uma forte influência do cinema de Federico Fellini, mas com um certo ar sombrio dado pela trilha sonora, dando ao filme certo toque de humor negro (daí o marcador "Comédia(?)"). Mesmo carregado de palavrões, o filme não incomoda nesse sentido, pois grande parte dele se passa dentro do presídio e não dá para aceitar malandro velho de cadeia pedindo "por favor", "com licença". Aliás, na cena em que Alecrim (apelido de Nonato) entra na cela, o dono do xadrez (Babu Santana) cobra educação do novato justamente despejando um caminhão de palavrões. É claro que não dá para dizer que é um filme para toda a família, mas como já disse, seus diálogos não ofendem, está tudo devidamente contextualizado. Detalhe, o roteiro foi baseado em um conto escrito por um ex-detento, que prestou consultoria  para as cenas do presídio e atuou como um dos carcereiros presentes no banquete do fim do filme.
O filme ainda trouxe uma agradável surpresa, foi rodado quase todo em Curitiba. Apesar de mostrar o Elevado Costa e Silva em uma cena, mas de resto, quem conhece a cidade consegue identificá-la com clareza nas cenas de rua. É sempre bom ver que existe vida inteligente fora do eixo Rio-São Paulo (talvez mais um motivo para outros bons filmes ficarem fora da lista de concorrentes a vaga do Oscar...). O sul do país tem apresentado uma excelente escola de cinema e que vale com certeza uma olhada mais atenta.
Considerado o filme da década pela crítica especializada, Estômago recebeu 16 prêmios internacionais e 20 nacionais. Assim sendo, merece uma atenção toda especial quando o encontraram na locadora.
Curiosidade: O DVD oferece uma versão do filme em MP4 para ser copiado no computador, além de oferecer um recurso de interatividade que mostra na tela da tv as receitas apresentadas no decorrer da história.


1 de abr. de 2010

Idas e Vindas do Amor

Este aqui eu ví no cinema, quem quiser ver também, deve estar em cartaz nas melhores casas do ramo.

Sobre o Filme
Este filme mostra como várias pessoas se comportam no dia dos namorados (Valentine's Day, nos Estados Unidos). Um florista que pede sua namorada em casamento, uma professora que quer faer uma surpresa ao namorado, um cara apaixonado por uma atendente de tele-sexo, um casal de adolescentes que planeja a perda da virgindade... Estão presente neste divertido filme praticamente todos os tipos de amores, inclusive o amor de mãe. Tem até casal gay!
Como disse, este filme promete (e cumpre) momentos bastante divertidos, principalmente pelo calibre de grande parte do elenco. Não dava para esperar nada diferente quando se reúne em quase duas horas, gente como Julia Roberts, Jamie Foxx, Jennifer Garner, Jessica Alba, Jessica Biel, Ashton Kutcher, Anne Hathaway e grande elenco, citando só os mais famosos.
O grande lance do filme é que ele acabou sendo dividido em várias pequenas histórias isoladas, mas que acabaram ligadas de uma forma ou de outra pelo relacionamento entre as personagens. Claro que o final é óbvio (ou quase, não esqueçamos do casal gay), mas como já disse antes, comédias românticas são o tipo de filme previsível, mas que agrada a todo mundo, então, por que não ver?
Vale cada piruá do saquinho de pipoca com certeza!


Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez?

Eu já disse aqui que existem filmes que acabam chamando a atenção da gente, seja por qual for o motivo. Já faz um tempinho que este filme me chama a atenção na prateleira da locadora, não sei dizer o porquê. Na verdade, um filme com um título tão comprido e tão parecido com o original, o que é raro (When Did You Last See Your Father?) e ainda por cima sendo um drama, tem tudo para ser chato, e esta aqui até seria se não fosse pela participação de Colin Firth. Ele consegue dar o tom exato da emoção, em uma história inglesa baseada em fatos reais (só que não há nenhuma informação sobre quais fatos).

Sobre o filme
Pai e filho nunca se entenderam muito bem. Desde cedo o filho percebe as malandragens do pai, que nunca aprovou a escolha do filho em ser escritor. O tempo passa, as coisas mudam e o pai descobre que tem câncer e que tem pouco tempo de vida. Quando as coisas já estão perto do fim, o filho vai ajudar a mãe e a irmã a cuidar do pai já sem esperança alguma. Neste ponto, começa então uma jornada em busca do tempo perdido, mesmo que seja só nas próprias memórias. O que se segue então é um momento de se auto-conhecer e de descobertas sobre a vida.
O grande questionamento do filme, na verdade não é querer mostrar que só vemos o valor das pessoas quando já se foram, mas ele nos faz pensar em como desperdiçamos o tempo que temos, sem conhecer de fato as pessoas que nos cercam, que amamos, que pensamos odiar, como passamos as vezes a vida toda sem nem mesmo sem nos conhecermos por completo? A principal pergunta do filme não é exatamente a do título, mas uma parecida: Quando foi a última vez que olhamos para alguém e enxergamos quem realmente está a nossa frente?
A princípio, algumas pessoas podem achar o filme chato, parado, mas acreditem, o fim, apesar de previsível, é bastante emocionante, e se você realmente conseguir sentir toda a poesia, todo o sentimento que ele pretende passar, mesmo mostrado pela forma contida dos ingleses expressarem suas emoções, tenho certeza de que se emocionará também e passará a se perguntar o que a história nos pergunta...