9 de mar. de 2011

Pride – O Orgulho de uma Nação

Se tem um tipo de filme que Hollywood sabe fazer muito bem, além da destruição do mundo, é o de histórias de superação. Sempre tem alguém humilhado, desprezado, falido, quebrado, enfim, todo lascado na vida que acaba dando a volta por cima contra seu opressor. Nós também temos histórias assim, mas a impressão é que eles têm mais, e quando não acham alguma boa história assim, eles procuram fora. Eu confesso que gosto muito deste gênero, pois nestes filmes sempre tem alguma lição que podemos tirar para nós mesmos. Não, não acho que alguém terá sua vida modificada por que viu algo que a tocou muito em um filme, mas pelo simples fato de nos fazer pensar, refletir na nossa própria situação já torna válida a experiência.

Sobre o filme
Professor de matemática desempregado e negro, Jim Ellis (vivido por Terrence Howard) aceita um emprego de faxineiro em um centro recreativo que será desativado pela prefeitura. Lá, encontra um zelador enfurecido pela notícia de fechamento do centro (Bernie Mac) e um grupo de adolescentes negros e desocupados. Resolve então encher a piscina do centro para formar uma equipe de natação com os rapazes. Tudo isso seria normal se não acontecesse na Filadélfia de 1974, com um duro regime ainda racista predominando em boa parte dos Estados Unidos.
Este é um filme inspirador, já que mostra como um grupo de jovens discriminados pela sociedade conseguem dar a volta por cima e conquistar um futuro digno, mas o interessante vem com os créditos, ao ver que Jim Ellis, o verdadeiro, ainda está vivo e ensinando jovens a nadar no mesmo centro recreativo que ele ajudou a salvar, inclusive revelando ali alguns atletas de nível olímpico. É legal ver que gente simples, comum, igual a gente consegue mudar a vida de outras pessoas. Sei que muita gente tem vontade de fazer a diferença, eu também tenho, mas nem sempre isso é possível. Algumas vezes, por dificuldades que encontramos, outras, pelas que nós mesmos criamos, é incrível a capacidade do ser humano de se auto sabotar as vezes...
Bom filme para se trabalhar com equipes, principalmente de educadores.

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