6 de mai. de 2011

De Pernas pro Ar

O cinema brasileiro tem passado por uma grande fase, de bons filmes, excelentes revelações de nomes, tanto de atrizes quanto atores e diretores, mas por conta disso, acaba sendo vítima de um tipo de projeto que é bastante discutível e arriscado. Um filme do tipo “caça-níqueis” é aquele feito com nomes conhecidos, grande investimento de marketing, quase sempre feito em cima de alguma peça do elenco e uma temática interessante. Pronto! Temos agora uma grande incógnita a ser desvendada. Por um lado, pode ser um verdadeiro sucesso, mas por outro, as vezes se torna uma verdadeira bomba. Como todo mundo tem suas contas a serem pagas, as vezes é preferível arriscar em um destes projetos e ver no que dá.

Sobre o filme

Recém promovida a gerente de marketing de uma fábrica de brinquedos, uma mulher (Ingrid Guimarães) vê sua vida se transformar em um verdadeiro inferno quando uma encomenda sua acaba sendo trocada por engano por uma de sua vizinha (Maria Paula) e como se não bastasse a demissão, seu marido (Bruno Garcia) resolve dar um tempo no casamento por achar a esposa bitolada demais no trabalho. Tudo promete mudar quando ela resolve investir em um sex shop de sua vizinha, mas precisa manter segredo, uma vez que o marido acha isso tudo uma grande imoralidade.
As vezes eu me pergunto para que são contratados os diretores de fotografia em um filme, se eles não alertam aos produtores e diretores que um determinado rosto não funciona bem na telona. Vejam bem, não estou questionando aqui o talento, mas definitivamente, tem gente que fica ótima na TV, mas no cinema simplesmente não encanta. Ingrid Guimarães é uma dessas pessoas. Sem falar que a todo momento eu tinha impressão de que ela iria chamar a todos de “amado” ou “poderosa” ou qualquer outro jargão que ela costuma usar nos seus trabalhos.
O filme é engraçado? É. Ele é bem feitinho, com boa produção? É. Bruno Garcia e Maria Paula estão muito bem no filme, mas o que pega na minha opinião é mesmo a atriz principal. Tudo bem que pode ser birra minha, sei lá, nunca curti muito o tipo de humor da Ingrid Guimarães. Esse filme eu realmente peguei porquê todo mundo viu e eu quis ver o que ele tinha que tanta gente falava. Não vi nada demais e até acho que foi supervalorizado pela mídia, mas tudo graças ao vitaminado orçamento de marketing de um filme com artistas globais. Quem quiser, que veja, esse aí eu não faço tanta questão.

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