6 de mai. de 2011

Minhas Mães e Meu Pai

Sempre que você tem um grande elenco reunido em um mesmo projeto é difícil não se sentir atraído para ver no que deu. Independente do tema abordado, o fator humano envolvido é sempre algo a se considerar quando se escolhe um filme para ver, já que grandes artistas não costumam envolverem seus nomes em roteiros meia-boca. Um filme que reune Annette Bening, Juliane Moore e Mark Ruffalo em um estranho triângulo amoroso não pode ser desprezado na prateleira. Ainda mais quando alguns dos envolvidos foram indicados ao Oscar pelo filme em questão. Juntando a eles as duas jovens revelações Mia Wasikowska (Alice no País das Maravilhas) e Josh Hutcherson (Zathura: Uma Aventura Espacial), temos então uma excelente combinação de talentos em uma história bonita, diferente e ao mesmo tempo clássica, que sempre vale a pena ser recontada.

Sobre o filme
Movidos pela curiosidade natural da adolescência, os filhos de um casal de lésbicas resolve entrar em contato com o doador de espermas para conhecerem seu pai biológico. Com a chegada  deste novo elemento, as mães dos jovens enfrentam uma crise conjugal movida pelo ciumes e pela disputa territorial pelo amor dos filhos.
Claro que o filme é muito mais que estas poucas linhas, mas fica complicado tentar falar mais que isso sem comprometer o entretenimento de quem quer ver o filme. Quando disse que esta é uma história diferente, é pelo fato de nos apresentar um casal homossexual em toda sua plenitude, com trocas de carícias, cenas de sexo e tudo o que um casal “normal” teria direito no cinema. É também uma história clássica, pois ela trata de sentimentos que envolvem uma família, seus atritos, suas discordâncias, seus perdões e o amor entre os que fazem parte dela. E é também uma história bonita porque como diz o título do livro de Shakespeare fica “tudo bem quando termina bem”.
Não recomendo este filme para pessoas de pensamento retrógrado, que acham que homossexualismo é coisa do capeta ou algo parecido. Quem aprecia arte, e cinema é sim uma forma de arte, tem de ter a mente aberta e ser receptivo ao novo, ao diferente. Lembrando que nossa Constituição reza que somos todos iguais, sem distinção de sexo, crença, etnia ou por qual time de futebol a gente torce. Assim sendo, e ainda fazendo uso das palavras de Shakespeare: “Tudo acabará bem, é o que vos digo, se palma nos baterdes. Alegria vireis achar aqui dia por dia. Bastem-vos nossas boas intenções; dai-nos as mãos; eis nossos corações.”
P.S. (Não, este filme e o autor de Romeu e Julieta não tem nada a ver um com o outro).

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