19 de nov. de 2010

Mary e Max

Sempre gostei de animações, sempre. Desde os antigos filmes em stop-motion aos desenhos animados mais simples, sempre gostei. Hoje em dia é claro que existem muitas tecnologias extremamente avançadas, com animações feitas e exibidas em 3D e universos inteiros sendo criados em computação gráfica, mas o simples ainda me encanta muito e este aqui é um bom exemplo disso. Uma aminação feita em stop-motion, com bonecos de massinha e com uma paleta de cores bastante limitada. As vezes, tantos efeitos e peripécias tecnológicas acabam distraindo quem assiste e perdemos o foco na história a ser contada. Aqui neste filme, isso não acontece.

Sobre o Filme
Mary e Max conta a história de uma menina vivendo no interior da Austrália que se sente muito sozinha e carente. Um dia ela resolve escrever uma carta para uma pessoa qualquer nos Estados Unidos e aleatóriamente escolhe Max, um homem de meia idade solitário e com sérios problemas sociais e psicológicos. Desde então, surge entre eles uma amizade sincera e que dá suporte aos dois para conseguirem enfrentar todas as dificuldades da vida.
Mary e Max não é uma animação para crianças, definitivamente. Mas é uma história adulta contada de forma infantil para adultos. Trata das dificuldades que cada um de nós sente eo se deparar com situaçoes das quais fugimos constantemente ou inesperadas. A simplicidade da visão de uma criança perante problemas como alcoolismo da mãe, o bullying na escola e tendo de aprender sozinha como lidar com tudo isso e crescer sendo uma boa pessoa. Do outro lado, temos Max, com uma vida totalmente sem sentido, cercado de transtornos e incapaz de fazer o que quer que seja para mudar.
De certa forma, o filme nos mostra que existem dois tipos de pessoa no mundo, as que passam a vida a chorar e as que resolvem vender lenços. Cabe a cada um de nós descobrir qual tipo se encaixa nas personagens. Curiosamente, em certos momentos da minha vida, me identifico bastante com Max...

Nenhum comentário: