29 de abr. de 2011

As Mães de Chico Xavier

É incrível como uma história, simples, aparentemente sem nenhum motivo para se destacar pode ser tão impactante quanto um soco na boca do estômago. Os filmes espíritas são assim. Você vai ao cinema, ou a locadora, esperando ver uma história bonita, provavelmente triste, mas não se engane, você não sairá do cinema sem uma grande lição de vida, de amor ao próximo, e isso vai te pegar de uma maneira tão forte que dificilmente conseguirá não expressar alguma reação imediata. Isso claro, se você for uma pessoa que entenda a verdadeira mensagem que o filme quer passar, se não, tudo bem, não desista, veja mesmo assim pois ainda será uma história bonita a se ver.

Sobre o filme
O filme é baseado em fatos reais e no livro “Por Trás do Véu de Ísis”, de Marcel Souto Maior (autor do livro em que se baseia o filme Chico Xavier) e conta algumas histórias que vão se entrelaçando até se encontrarem em uma só. Um casal (Herson Capri e Via Negromonte) perdem o filho que se suicida após fugir de uma clínica de recuperação de drogados. Por ter um marido distante, uma mãe (Vanessa Gerbelli) dedica toda sua vida ao filho pequeno e sofre quando ele morre em um acidente aparentemente sem riscos. Após descobrir que está grávida,uma jovem professora (Tainá Muller) recebe a notícia que seu namorado vai para a Europa e resolve abortar, quando recebe a notícia de que ele morreu em um assalto. Em um determinado momento, estas três mães buscam em Chico Xavier uma palavra de conforto para suas dores e neste momento, nos reaparece Nelson Xavier na tela, novamente interpretando o médium, e novamente com uma semelhança que chega a assustar.
Como disse no início do post, este é um filme espírita que pega bastante pela emoção, e assim como todos os outros filmes com a mesma temática que foram produzidos até agora, ele não tem a intenção de divulgar a filosofia espírita, ou de atrair pessoas para os centros em busca de curas ou comunicação com entes desencarnados. Sua única intenção é a de contar uma linda história de amor. Amor materno, amor pelo próximo, amor pela vida. Já vi muita gente criticar, dizendo que esperavam mais, outros que filmes assim são doutrinários, ou até que é oportunismo, concordo com todos.
Sim, é oportunismo, mas se o público provou que gosta de filmes assim, por que então não fazê-los? Eu sinto que no mundo há uma carência enorme de histórias que incitem ao amor, ao querer bem, a aproximar pessoas, que mal há em dar o que as pessoas querem? Sim, são doutrinários, de certa forma, afinal de contas, estes filmes não são feitos para um público específico, é feito para todos assistirem, então, não tem como não procurar informar àqueles que não conhecem o espiritismo como certas coisas funcionam, mesmo que sejam apenas as que dizem respeito ao tema do filme, até para aqueles que já conhecem a filosofia kardecista é sempre interessante ver uma opinião diferente sobre o assunto. Sim, eu também esperava mais. Como acabei de dizer, o mundo precisa cada vez mais de coisas e atos que provoquem os sentimentos de amor nas pessoas, seja da forma que for. Vivemos em uma sociedade banalizada demais, tudo é fútil, volátil e cada dia mais fast. Vemos cada vez mais e mais atos de violência contra crianças, religiões, opções sexuais, etnias. Isso tudo tem de parar, em algum momento vai ter de parar e para isso, toda palavra de amor que puder ser propagada, assim deve ser, até que o maior número de pessoas ouça e entenda, e coloquem isso em suas vidas de forma tão natural que nem percebamos. É fazer o bem não por ser o certo, mas por ser inerente ao nosso cotidiano.
Se este filme estiver em cartaz na sua cidade, vá e leve o máximo de pessoas com você, fale dele, divulgue, comente a respeito. Mesmo que você não consiga chamar ninguém, mesmo assim vá. Valerá a pena, acredite!

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