5 de ago. de 2011

Secretariat

Todo mundo sabe que Hollywood adora filmes com animais. O público adora, as crianças se divertem e os estúdios enchem os cofres de dinheiro. As vezes, estes filmes são usados para contar uma história real, como a gente já viu aqui e isso sempre funciona muito bem, já que todos adoram ver a relação entre humanos e animais, é algo com que muita gente se identifica, afinal de contas, é difícil encontrar alguém que não tenha alguma boa história com algum animal de estimação. São histórias de amor verdadeiro, de abnegação total, de entrega incondicional de um ser para outro e é algo muito complicado de tentar entender, melhor mesmo só aceitar.

Sobre o filme
Após o falecimento de sua mãe, a filha de um dono de haras (Diane Lane) resolve tomar a frente dos negócios e após uma partilha de crias das suas éguas, resolve entrar para o mundo das corridas de cavalos com a ajuda de um treinador um tanto quanto excêntrico (John Malkovich) e descobre que seu cavalo é um verdadeiro campeão, vencedor de diversos recordes.
Quando vi o trailer deste filme, fiquei bastante curioso, não pela história em si, mas pela participação de dois grandes atores que curto bastante, Diane Lane é, na minha humilde opinião, uma das atrizes mais lindas que já tive o prazer de assistir (lembram de Noites de Tormenta?), já John Malkovich é um cara que impressiona pela qualidade do seu trabalho, extremamente detalhista e beirando à perfeição. Quando o Felipe, da 100% Vídeo me recomendou este filme, dizendo que havia gostado bastante, foi a deixa para que eu resolvesse deixar alguns grandes lançamentos na prateleira e resolvesse pegar este filme que não teve muita expressão (nem sei se passou nos cinemas aqui no Brasil). Qual não foi minha grata surpresa ao me deparar com uma história baseada em fatos reais, onde um verdadeiro campeão é reconhecido no momento do seu nascimento. Mais que um simples vencedor de corridas, Secretariat, ou Big Red como sua dona o chamava, era um verdadeiro pop star das pistas. Ele sabia que estava sendo bajulado, fazia poses para as fotos e mais que isso, sabia muito bem o que estava fazendo. Ele era mais que um cavalo de corridas, ele encarava seus adversários no portão de largada, saia sempre atrás de todos de propósito, o danado era marrento, tinhoso, tinha personalidade forte. É interessante ver nos extras seu tratador falar que quando perdia um páreo, ele ia para o fundo da sua baia e não queria conversa com ninguém, como se ficasse remoendo o que aconteceu de errado, e na corrida seguinte, quebrava o recorde da pista, sempre. Secretariat não era só um cavalo de corridas, era um atleta de alto nível, magnífico, majestoso, e incrivelmente inteligente. Você não precisa ser um admirador de cavalos para gostar deste filme, que vale a pena cada segundo assistido e que dá vontade de ver várias vezes, de tão empolgante que é.
Este não é um filme que fala de alguém que perdeu seu animal de estimação, mas quero aproveitar este post para dedicá-lo à minha querida amiga Maria Amélia, que perdeu sua Sabra recentemente, após 19 anos de companheirismo e dedicação. Como disse no início, este é um amor incondicional, e quando uma das partes nos deixa, fica no seu lugar um vazio que jamais se preenche. À Sabra, Babaloo, Pedro, Juba, e tantos outros...

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