1 de abr. de 2010

Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez?

Eu já disse aqui que existem filmes que acabam chamando a atenção da gente, seja por qual for o motivo. Já faz um tempinho que este filme me chama a atenção na prateleira da locadora, não sei dizer o porquê. Na verdade, um filme com um título tão comprido e tão parecido com o original, o que é raro (When Did You Last See Your Father?) e ainda por cima sendo um drama, tem tudo para ser chato, e esta aqui até seria se não fosse pela participação de Colin Firth. Ele consegue dar o tom exato da emoção, em uma história inglesa baseada em fatos reais (só que não há nenhuma informação sobre quais fatos).

Sobre o filme
Pai e filho nunca se entenderam muito bem. Desde cedo o filho percebe as malandragens do pai, que nunca aprovou a escolha do filho em ser escritor. O tempo passa, as coisas mudam e o pai descobre que tem câncer e que tem pouco tempo de vida. Quando as coisas já estão perto do fim, o filho vai ajudar a mãe e a irmã a cuidar do pai já sem esperança alguma. Neste ponto, começa então uma jornada em busca do tempo perdido, mesmo que seja só nas próprias memórias. O que se segue então é um momento de se auto-conhecer e de descobertas sobre a vida.
O grande questionamento do filme, na verdade não é querer mostrar que só vemos o valor das pessoas quando já se foram, mas ele nos faz pensar em como desperdiçamos o tempo que temos, sem conhecer de fato as pessoas que nos cercam, que amamos, que pensamos odiar, como passamos as vezes a vida toda sem nem mesmo sem nos conhecermos por completo? A principal pergunta do filme não é exatamente a do título, mas uma parecida: Quando foi a última vez que olhamos para alguém e enxergamos quem realmente está a nossa frente?
A princípio, algumas pessoas podem achar o filme chato, parado, mas acreditem, o fim, apesar de previsível, é bastante emocionante, e se você realmente conseguir sentir toda a poesia, todo o sentimento que ele pretende passar, mesmo mostrado pela forma contida dos ingleses expressarem suas emoções, tenho certeza de que se emocionará também e passará a se perguntar o que a história nos pergunta...

Nenhum comentário: