13 de out. de 2010

Bagdad Café

Eu já registrei aqui que dificilmente comentaria filmes indicados pela galera das locadoras, afinal de contas, o lance deles é enfiar lançamentos em todo mundo, mas algo que não mencionei é sobre filmes indicados por amigos. Não raras são as vezes em que já quebrei a cara com esse tipo de indicação. Não me perguntem o porquê, "não sei, só sei que foi assim...", o que acaba sendo engraçado, pois este blog nasceu justamente da quantidade de amigos a quem indico filmes. Sem querer ser convencido, mas dificilmente indico filmes ruins, e não me lembro de isso ter acontecido alguma vez, pelo menos não me lembro de ter ouvido reclamação.
Aqui quero registrar meu agradecimento a querida amiga Eliane, de Curitiba, com quem tive o prazer de trabalhar e de dividir alguns bons filmes que trocávamos de vez em quando. Infelizmente quis o destino que não tivéssemos tempo de fazer isso mais vezes, mas espero que ela visite meu blog e me mande suas recomendações para trocarmos opiniões.

Sobre o filme
Uma turista alemã separa-se de seu marido no meio de uma viajem de carro pelos Estados Unidos e acaba sozinha e perdida no deserto americano. Em sua caminhada pela estrada, acaba chegando ao Bagdad Café e Hotel, no meio do nada, onde encontra sua proprietária cheia de problemas com a família, e sua vida é um grande caos. Neste lugar insólito, vivem ainda uma tatuadora que nunca abre a boca e um pintor em crise, vivido por Jack Palance (alguém se lembra do "Acredite se Quiser", da antiga rede Manchete?).
Sentindo-se deslocada no meio de tanta bagunça, Jasmin (a turista alemã) acaba interferindo na vida de Brenda (a dona do hotel) e assim trazendo harmonia para a vida no Bagdad Cafe. Até a pesronagem de Palance consegue sair da crise existencial em que estava e volta a pintar. A alegria reina neste pequeno posto de beira de estrada e o movimento aumenta, tornando a vida de todos melhor.
Este é um filme que trata principalmente das dificuldades do relacionamento humano, primeiro quando resistimos a entrar em um, e em seguida, da dor de ver um relacionamento chegar ao fim. Ele não possui um elenco premiado, nem tem um orçamento astronômico, mas ustamente por isso, consegue atingir seu objetivo sem ser pretencioso, com uma trilha sonora suave e seus diálogos curtos e escassos. É interessante perceber que no início, tudo é sujo, empoeirado e sem vida, mas ao desenrolar da trama, as coisas se tornam claras e coloridas, como a vida de todos na história.
Reconheço que não é um filme para qualquer um, mas para mim foi uma surpresa deliciosa e é uma lembrança que sempre guardarei com carinho. Muito obrigado, Eliane, pelo lindo presente que me deu.

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