1 de abr. de 2011

Cisne Negro

Natalie Portman finalmente ganhou um Oscar de melhor atriz. Dedicação é tudo para quem busca ser o melhor no que faz e isso vale para qualquer profissão. A personagem principal deste filme é tão dedicada que pirou na batatinha, e pirou legal. Já Natalie Portman não chegou a tanto, mas sua dedicação foi digna de reconhecimento e merecidamente premiada, embora eu tenha ficado com a impressão de que não foi apenas este filme que a premiou, mas um conjunto de trabalhos onde ela mostrou seu talento e sua dedicação. Quem viu "V de Vingança", onde ela raspou os cabelos sabe do que estou dizendo e aqui podemos ver o resultado de um laboratório de um ano e meio para interpretar uma bailarina clássica. Se isso não for merecedor de prêmio, não sei o que poderia ser.

Sobre o filme
Uma jovem bailarina (Natalie Portman), se esforça para conseguir um importante papel em uma nova montagem do ballet A Morte do Cisne, onde o diretor da companhia (Vincent Cassel) opta por fazer a mesma bailarina interpretar dois papéis totalmente opostos. Durante o processo, ela passa a se sentir perseguida pela nova bailarina (Mila Kunis) e se sente muito pressionada pela mãe, tanto que passa a ter alucinações, inclusive durante sua noite de estreia.
Não entendi bem qual foi a ideia original do diretor neste filme, pois toda a história não parece ter muito nexo. Não se sabe de onde começaram as alucinações, ou de onde veio a mania de perseguição, se em algum momento é mostrado que a personagem de Natalie Portman já sofria de algum tipo de distúrbio, essa informação ficou meio perdida. O que é de se esperar de um filme em que o diretor coloca a câmera sempre atrás da protagonista, dando um certo ar de documentário. Até aí tudo bem, a ideia não é nova, mas válida, o problema é que a câmera continua nesse foco mesmo durante os rodopios da bailarina, aí minha labirintite vem feito uma louca desvairada, desse ponto em diante, fica complicado prestar atenção em alguma coisa. Fora isso, o filme é sim muito interessante e a fotografia desfocada e sem brilho mostra justamente a ideia de uma mente até certo ponto empobrecida da bailarina perdida em suas neuras, ela vê a vida exatamente como o filme na tela, sem brilho, sem cor e sem muita luz. Não é um filme fácil e corre o risco de não agradar a todos, mas vale a pena ser visto de qualquer forma.

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