Sobre o filme
Uma jovem bailarina (Natalie Portman), se esforça para conseguir um importante papel em uma nova montagem do ballet A Morte do Cisne, onde o diretor da companhia (Vincent Cassel) opta por fazer a mesma bailarina interpretar dois papéis totalmente opostos. Durante o processo, ela passa a se sentir perseguida pela nova bailarina (Mila Kunis) e se sente muito pressionada pela mãe, tanto que passa a ter alucinações, inclusive durante sua noite de estreia.
Não entendi bem qual foi a ideia original do diretor neste filme, pois toda a história não parece ter muito nexo. Não se sabe de onde começaram as alucinações, ou de onde veio a mania de perseguição, se em algum momento é mostrado que a personagem de Natalie Portman já sofria de algum tipo de distúrbio, essa informação ficou meio perdida. O que é de se esperar de um filme em que o diretor coloca a câmera sempre atrás da protagonista, dando um certo ar de documentário. Até aí tudo bem, a ideia não é nova, mas válida, o problema é que a câmera continua nesse foco mesmo durante os rodopios da bailarina, aí minha labirintite vem feito uma louca desvairada, desse ponto em diante, fica complicado prestar atenção em alguma coisa. Fora isso, o filme é sim muito interessante e a fotografia desfocada e sem brilho mostra justamente a ideia de uma mente até certo ponto empobrecida da bailarina perdida em suas neuras, ela vê a vida exatamente como o filme na tela, sem brilho, sem cor e sem muita luz. Não é um filme fácil e corre o risco de não agradar a todos, mas vale a pena ser visto de qualquer forma.
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