1 de abr. de 2011

O Discurso do Rei

Existem alguns atores que, na minha modesta opinião, sempre foram um tanto quanto injustiçados pela indústria do cinema hollywoodiana, Colin Firth é um deles. Ao lado de Paul Giamatti e Steve Carrel (que espero ver em algum drama logo) são atores de uma safra pouco valorizada, com poucos trabalhos onde possam colocar todo seu talento a mostra. Aqui não consigo imaginar outro ator que seria tão perfeito para o papel de Rei George VI, com seu rosto tranquilo e que imediatamente assume uma expressão de angústia tão real que nos faz sentir seus medos e suas dores. Neste caso, o Oscar chegou a tempo de reconhecer este talento, vamos esperar ano que vem e ver o que aparece.

Sobre o filme
No início do século XX, o Rei George V da Inglaterra estava bastante doente e seu filho mais novo, Príncipe Albert, Duque de York (Colin Firth), o representava em eventos públicos, mas sofria demais nestes momentos, pois era gago e seus discursos eram sempre uma tragédia. Por conta deste problema, sua esposa (Helena Bonham Carter) sai a caça de alguém que possa curar seu marido e encontra Lionel Logue (o grande Geoffrey Rush) que, com seus métodos nada ortodoxos, ajuda o príncipe a superar sua dificuldade e assim, assumir o trono do império britânico após a renúncia de seu irmão e comandar toda uma nação durante a II Guerra Mundial.
Logo que soube do que se tratava o filme, ele já me encantou e mal podia esperar para assisti-lo, e por sorte, não me decepcionou. Nem poderia, com um elenco destes. Já mencionei aqui que adoro filmes baseados em fatos reais, tanto que este é o gênero que mais comentei até agora, e neste filme em particular, tive conhecimento de um fato histórico que nem imaginava existir e mais, tive a real noção de o que ser rei e assumir o trono de um império como o britânico poderia representar naqueles dias. Colin Firth mostra, com todo seu talento, o que o pobre e gago príncipe Albert deve ter sentido ao assumir o trono e a responsabilidade de declarar guerra ao nazismo e liderar seu povo de forma brilhante. Dois destaques neste filme. Geoffrey Rush está magnífico e fiquei admirado com tanta ternura que ele colocava no olhar quando ousava fazer algo impensado: fazer um homem comum ficar no mesmo nível que um rei e tratá-lo como um igual. E ser tratado como um igual! Realmente fiquei admirado, apesar de não esperar menos dele. Outro destaque fica por conta de Timothy Spall, que interpreta Winston Churchill. Para quem está acostumado a vê-lo em papéis engraçados ou como Rabicho do filmes de Harry Potter, foi uma agradável surpresa assumir tão fielmente uma personalidade tão marcante da história, mesmo por poucos instantes em cena.
O filme vale por si só, independente de ter ganho o Oscar de melhor filme, mas não custa conferir se Hollywood acertou, e posso garantir que dessa vez pelo menos, eles acertaram.
Desculpe pessoal. A pedido da distribuidora do filme, o Youtube bloqueou a opção de insersão do vídeo.

Um comentário:

Monica Stela disse...

assisti neste fds... adorei!!! Lindo, sensível, engraçado ás vezes, mas mostra que todos nós temos uma coisa em comum: precisar lutar pelo que se deseja!