25 de jul. de 2011

Amor por Contrato

Muitas vezes acontece de um ator ficar tanto tempo em um papel que acaba ficando estigmatizado pelo personagem. Depois de 9 temporadas e 2 filmes para o cinema muita gente achou que David Duchovny ficaria marcado para sempre como o eterno agente Mulder da série Arquivo X. Para a grata surpresa de todos, não foi o que aconteceu. Ainda bem, senão seu trabalho na série Californication teria sido totalmente prejudicado. Premiado pelas duas séries de TV, hoje vejo que ele tem um estilo que puxa mais para o filósofo de alcôva Hank Moody do que o neurótico agente Mulder.

Sobre o filme
Contratado para uma campanha de marketing extremamente agressiva, um vendedor de carros (David Duchovny) finge ser o marido perfeito da líder da equipe (Demi Moore), compondo uma família perfeita onde todos vivem o verdadeiro sonho americano de consumo, incentivando as pessoas a serem como eles e a ter tudo o que eles possuem.
Quando vi o trailer deste filme, fiquei bem curioso. David Duchovny não é uma figura assim tão comum nas telonas e Demi Moore há algum tempo anda meio que fora do mainstream, então seria uma boa oportunidade de vê-los. Demi Moore não me decepcionou em nenhum momento, nunca esperei grandes atuações dela e foi o que não foi dessa vez que ela me surpreenderia. Do outro lado, David Duchovny foi muito bem, trazendo para o cinema uma versão bem mais light do junkie Hank Moody, não pelo estilo de vida ou pelas tiradas fantásticas, mas pelo jeito descolado de ser, totalmente desencanado de tudo. Infelizmente o filme não entrega o que promete, pois ele não chega a ser uma comédia e ainda tem alguns momentos de conflito puxando a história para um quase drama igualmente fraco.
Vocês já estão acostumados a me ver sempre falando bem dos filmes que vejo, sendo rara uma opinião negativa de minha parte (até agora acho que só tive um filme que não recomendei), mas é que quando a gente cria uma certa expectativa sobre o filme e ele não atende nem parte do que se espera, fica sendo meio broxante. Quem quiser arriscar, é por sua própria conta.


Nenhum comentário: