3 de jul. de 2011

A Estrada

Hoje tirei o dia para falar de alguns atores que julgo injustiçados pelo mercado, falei há pouco do Eric Bana e agora é a vez de Viggo “Aragorn” Mortensen. Este à um dos poucos atores da atualidade que podem tentar suprir a falta que outros atores já consagrados farão em um futuro incerto. Como todo bom ator, Viggo Mortensen é do tipo que enche a tela quando surge em cena, tem presença forte, marcante e seria igualmente legal vê-lo em outros projetos.

Sobre o filme
Após alguma catástrofe que destruiu quase totalmente a vida no planeta, pai e filho (Viggo Mortensen e Kodi Smit-McPhee, respectivamente) seguem vagando pelas estradas, em direção ao litoral, na busca por alguma chance de sobreviver, tendo de fugir de grupos canibais e se alimentando do que puder encontrar pelo caminho.
Tá, filmes pós-apocalípticos são quase todos iguais, eu sei, mas este aqui tem algumas diferenças importantes de outros que existem por aí. A relação pai e filho é que realmente importa neste filme e é muito interessante ver que, independente das condições em que vivem, os valores passados são sólidos e qualquer mudança de atitude é questionada, não importando a situação e por este motivo, mesmo o filme tendo um tom bastante sombrio, com uma paleta de cores bem fria, é possível perceber que a maior preocupação do pai foi sempre manter a esperança viva, de que uma vida melhor os aguardava em algum lugar e que por este motivo, deveriam se manter íntegros e não violar certas regras. A gente vê muito disso por aí, quando vemos notícias de gente humilde que encontra altos valores, ou mesmo pequenas quantias de dinheiro, mas que faria toda a diferença em suas vidas, e mesmo assim, estas pessoas preferem procurar o verdadeiro dono e devolver, recebendo por recompensa nada mais que a certeza de uma noite de sono com a consciência limpa.
Aqui temos algumas participações especiais que valem a pena serem mencionadas. Charlize Theron, sempre tão linda e de um talento assombroso e o igualmente estupendo Robert Duvall, que pelos nos minutos que aparece na tela, rouba a cena e nos brinda com uma pequena mas boa dose de seu talento.
É um filme triste, quase deprimente no que diz respeito ao clima em que ele conta a história, mas interessante no sentido de debater certas ideias sobre certo e errado.

Nenhum comentário: