10 de dez. de 2010

Vidas que se Cruzam

Lindas mulheres, excelentes atrizes e uma trama de dar nó na cabeça de alguns. É legald e vez em quando a gente assistir a algum filme mais complexo, que faz pensar um pouco até entender o que está acontecendo. Tá, muita gente vai dizer: "ué, cadê as comédinhas românticas que esse cara vive comentando?" Bom pessoal, como disse, de vez em quando, é bom pensar um pouco vendo um bom filme e drama é um gênero do qual gosto bastante também.

Sobre o filme
Uma mulher madura, mãe de Família (Kim Bassinger) vive um caso extra-conjugal descoberto por sua filha. Uma jovem em crise (Charlize Theron) não encontra sentido na vida e sem conseguir se apegar a nada nem ninguém, sente um vazio tomar conta de tudo. Uma menina vive com seu pai que sofre um acidente e acaba tendo de conhecer sua mãe que há muito tempo abandonou o lar. Três mulheres aparentemente sem ligação nenhuma em suas vidas se envolvem em uma trama de tal forma que suas vidas acabam se entrelaçando num desfecho inacreditável.
Guardem bem este nome: Guillermo Arriaga. Este é um escritor e cineasta mexicano que vem mudando a forma de fazer filmes dramáticos, mostrando um pouco da vida mestiça na fronteira entre Estados Unidos e México. Seus filmes tendem sempre a mostrar a aridez dessa região e a forma como ela embrutece as pessoas. Uma característica marcante de seus trabalhos é o tédio total das personagens ea sua busca por algum sentido na vida, naquilo que os cerca. O cara tem o dom de amarrar tão bem suas histórias, tudo muito bem alinhavado, costurado e ao mesmo tempo tudo parece um verdadeiro caos até que se consiga decifrar a sua real intenção.
Neste filme quero destacar as atuações de Kim Bassinger e Charlize Theron, que além de lindas mulheres, são atrizes de um talento inquestionável. A expressão de angústia de Theron chega ao ponto de mudar sua fisionomia e não conhecemos mais a linda loirinha de filminhos água-com-açúcar de antes. Já Bassimger mostra seu talento numa cena bem forte, onde ela expõe a cicatriz de câncer ao amante, realmente um ponto dramático na história que merece destaque.
Os filmes de Arriaga não costumam ser fáceis, não foram sucessos de bilheteria e quase que agradam só a fãs de cinema digamos, mais amadurecidos. Mas são filmes extremamente inteligentes, que fogem da rotina, então se você quer algo diferente, é uma boa pedida.

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