14 de jan. de 2011

Guerra ao Terror

Quem disse que filme de guera tem de ser feito só de explosões? E quem disse que mulher não sabe dirigir filme de guerra? Sabe sim! Tanto sabe, que Kathryn Bigelow levou os Oscars de melhor filme e melhor direção, desbancando o ex-marido James Cameron. Quem será que mandava nessa casa mesmo? Hehehe...
Sobre o filme
Guerra ao Terror narra os últimos dias de um grupamento de peritos em desarmamento de bombas atuando no Iraque durante a ocupação americana.
A grande sacada do filme não são os efeitos especiais, que apesar de não serem mirabolantes, ficaram excelentes, mas sim mostrar o conflito psicológico do soldado americano que não sabe o que está fazendo nessa guerra que ele não declarou, mas que acaba ficando tão arraigada na sua personalidade que, quando tem uma oportunidade de sair, acaba voltando.
Kathryn Bigelow se valeu muito bem desse lado emocional da guerra e na minha opinião, deixou uma coisa bem clara sobre o porquê os Estados Unidos não conseguem ganhar nunca essa guerra que consegue ser tão ou mais estúpida que suas anteriores. Os soldados americanos não estão lá por ideologia, por defender algo em que acreditam. Estão lá lutando apenas para sair vivos de lá o quanto antes. Por conta deste instinto de sobrevivência pura e simples é que as coisas vão de mal a pior nessa insanidade. Guerra ao Terror mostra bem isso. Não há um sentido na luta, apenas o de sair vivo e tentar salvar seus companheiros. E se não der para salvá-los, paciência, daqui há pouco tem outro no lugar.
Não ganhou o Oscar a toa, merece sim ser não só visto, como também alguma reflexão sobre o assunto.

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